Na viagem para o meu Alentejo, ouvi, de forma meio distraída, que, de acordo com uma sondagem de que não fixei os dados, a grande maioria dos inquiridos rejeitava a necessidade de criação de um novo partido. Provavelmente, os cidadãos começam a assumir que mais um partido, será, mais do mesmo.
Na véspera do 25 de Abril faz sentido sublinhar que os partidos políticos são instituições inerentes, imprescindíveis e suportes das sociedades democráticas. No entanto, a prática política dos partidos não pode, não deve, esgotar o envolvimento cívico dos cidadãos. Acontece que é exactamente o que se verifica, o nosso sistema e o modelo de funcionamento da generalidade dos partidos que, fechando o círculo, alimenta a organização e funcionamento do sistema político, transformou os partidos em donos da democracia em vez de essenciais à democracia. Na prática, temos instituída uma “partidocracia”. Fica, portanto, curiosa, a possibilidade admitida por Manuel Alegre da criação de novo partido para dar uma lição aos partidos. Como?
Para além da questão folclórica do dono da esquerda ser homem para dar lições, vejam esta de humildade, a grande questão não é a reforma dos partidos, não acredito que se reformem, alimentam-se assim, é a construção de um movimento que permita o envolvimento cívico e político do cidadão fora da “tutela” de um partido. Como certamente repararam, nos últimos dias ouviu-se o Dr. Canas, o porta-voz do PS (reparem que o homem porta a voz do PS), veio a terreiro contra a possibilidade de cidadãos concorrerem à Assembleia da República sem o enquadramento de um partido.
Novos partidos não são parte da solução, são parte do problema.
Na véspera do 25 de Abril faz sentido sublinhar que os partidos políticos são instituições inerentes, imprescindíveis e suportes das sociedades democráticas. No entanto, a prática política dos partidos não pode, não deve, esgotar o envolvimento cívico dos cidadãos. Acontece que é exactamente o que se verifica, o nosso sistema e o modelo de funcionamento da generalidade dos partidos que, fechando o círculo, alimenta a organização e funcionamento do sistema político, transformou os partidos em donos da democracia em vez de essenciais à democracia. Na prática, temos instituída uma “partidocracia”. Fica, portanto, curiosa, a possibilidade admitida por Manuel Alegre da criação de novo partido para dar uma lição aos partidos. Como?
Para além da questão folclórica do dono da esquerda ser homem para dar lições, vejam esta de humildade, a grande questão não é a reforma dos partidos, não acredito que se reformem, alimentam-se assim, é a construção de um movimento que permita o envolvimento cívico e político do cidadão fora da “tutela” de um partido. Como certamente repararam, nos últimos dias ouviu-se o Dr. Canas, o porta-voz do PS (reparem que o homem porta a voz do PS), veio a terreiro contra a possibilidade de cidadãos concorrerem à Assembleia da República sem o enquadramento de um partido.
Novos partidos não são parte da solução, são parte do problema.
Sem comentários:
Enviar um comentário