O pessoal está assustado. Percebe-se, a expectativa de voltar a ter a cidade de Lisboa governada pelo menino guerreiro, Santana Lopes, não é, de facto, muito animadora. Dito isto, não deixa de ser engraçado e curioso imaginar esta espécie de “esquerdão”, isto é, o PS, CDU e BE, para já, juntos, sobretudo, depois das simpáticas e elevadas trocas de mimos entre eles. Para justificar a petição do “Apelo à Convergência”, dir-se-á que as questões de política nacional são de natureza diferente das questões autárquicas o que, sendo verdade, não esbate diferenças nem torna “amiguinhos” quem regularmente troca “sopapos” políticos. Podem perceber-se entendimentos contextuais em situação pós-eleitoral em função dos resultados e no sentido de criar condições de governabilidade, mas uma coligação pré-eleitoral cheira a “frentismo” serôdio e que visa combater o “frentismo” também previsto do lado do “direitão”, juntando, pelo menos, PSD e CDS-PP. O cidadão mais envolvido nas questões político-partidárias pode fazer contabilidade eleitoral, o cidadão comum percebe menos como gente que passa o tempo a discordar e a confrontar-se de forma bem significativa, na Assembleia da República, apareça de braço dado em Lisboa, de um lado ou de outro. Como sempre trata-se dos interesses partidários de ocasião e da seriedade em política.
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