sábado, 4 de abril de 2009

SOBRE O AZEITE

Não me lembro se vos disse na altura, creio que sim, este ano foi muito mau de azeitona aqui no meu Alentejo. Aproveitei um balde para conserva mas não entreguei um quilo para azeite. O que ainda tinha do ano anterior está a acabar pelo que hoje fui ao lagar. De acordo com o Mestre Luís, o ano foi muito fraco de quantidade mas o azeite é de boa qualidade. E é, a prova confirmou-o. Ficámos um bocado na conversa sobre o azeite que se come e os preços que se praticam. Como sabem, encontramos azeite muito barato e também extremamente caro. O Mestre Luís esteve então a explicar como se conseguem produzir matérias a que chamam azeite. Não vos vou reproduzir as receitas, até porque não tenho a certeza se entendi tudo, mas que fiquei assustado, fiquei. O tratamento, os produtos e as misturas feitas, de acordo com o meu interlocutor, levam a que, de facto, se esteja a consumir uma espécie de azeite, e não azeite.
Este azeite que fui buscar ao lagar e que já se usou para o almoço deixou-me reconfortado.

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