Há umas semanas atrás a generalidade da comunicação social abordou a situação criada numa escola do norte em que um grupo de alunos de etnia cigana tinha aulas num contentor com atabalhoadas explicações da Comissária Moreira, Directora Regional de Educação do Norte. Muitas vozes se levantaram contra a situação. Eu próprio, neste espaço e em intervenções públicas tive oportunidade de afirmar a minha completa rejeição da situação que me parece, obviamente, discriminatória. Na altura, aproveitei para chamar atenção para práticas de discriminação que a própria comunidade cigana assume, referindo o exemplo do direito à educação muitas vezes negado às meninas.
Agora tomámos conhecimento da situação da menina cigana de 11 anos que terá sido raptada pelo tio com o objectivo de a casar com o filho de 18 anos, soube-se ainda que a menina foi submetida a um humilhante ritual para verificação de virgindade.
Esta situação, de grave atentado aos direitos individuais, não está a ter a mesma repercussão mediática que o contentor. Ou eu estou distraído ou ouvem-se e lêem-se muito menos juízos e apreciações sobre esta situação que, aliás, é dramaticamente frequente, estando as indignadas vozes do episódio do contentor bastante mais tranquilas.
Estranho este quase silêncio, no fundo estamos a falar do mesmo assunto, direitos das crianças.
Agora tomámos conhecimento da situação da menina cigana de 11 anos que terá sido raptada pelo tio com o objectivo de a casar com o filho de 18 anos, soube-se ainda que a menina foi submetida a um humilhante ritual para verificação de virgindade.
Esta situação, de grave atentado aos direitos individuais, não está a ter a mesma repercussão mediática que o contentor. Ou eu estou distraído ou ouvem-se e lêem-se muito menos juízos e apreciações sobre esta situação que, aliás, é dramaticamente frequente, estando as indignadas vozes do episódio do contentor bastante mais tranquilas.
Estranho este quase silêncio, no fundo estamos a falar do mesmo assunto, direitos das crianças.
1 comentário:
Não é nada de estranhar. Como não foi de estranhar toda a parafernália de elogios a Obama, só por ser negro(?, nem é de estranhar que um negro bata num policia e fica tudo bem e se for um polícia branco a bater num negro ou num cigano já é racismo. É o Portugal que temos, cheio de complexos e traumas que não se entendem muito bem...
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