Era uma vez um homem chamado Feliz. Desde pequeno que, quase sempre, aparentava um ar satisfeito. Vivia numa família de quem gostava e que gostava dele. A escola correu sem sobressaltos, tinha amigos com quem brincava tranquilamente e, por isso, o Feliz se sentia bem.
Cresceu, acabou o curso que escolheu e encontrou um trabalho no qual se sentia bem. Apaixonou-se e a família que formou também o deixou satisfeito. Não era insensível, antes pelo contrário, aos problemas que afligiam as pessoas mas não escondia o bem-estar que sentia.
A partir de certa altura, o Feliz começou a sentir que o tratavam se forma diferente. As pessoas mostravam-se amargas e irritadas na relação consigo. De mansinho, sentiu que se instalou antipatia à sua volta. Sem perceber muito bem porquê, o Feliz esforçava-se por recuperar as relações procurando mostrar-se ainda mais simpático, disponível e com o ar que um feliz deve ter. Sem resultado, quanto mais se esforçava por se mostrar bem, mais amargas as pessoas pareciam.
Um dia, estava sentado num banco de jardim a pensar na sua vida, quando ao lado se sentou um Velho. Como sempre, o Feliz meteu conversa e, como frequentemente fazemos com desconhecidos, contou a sua perplexidade. Depois de ouvir a longa história, o Velho, de olhos serenos e voz calma, falou.
Sabe amigo, de uma forma geral as pessoas não gostam de Felizes, sobretudo as que não se sentem bem consigo próprias. Como não se sentem bem, cada vez que encontram um Feliz é como se tivessem um espelho em frente que lhes devolve a imagem da sua infelicidade. Então, por vezes, mostram-se amargas e irritadas como se cobrassem ao Feliz a sua própria infelicidade.
Eu até entendo isso, mas que hei-de fazer?
Nada, amigo. Boa tarde, seja Feliz.
Cresceu, acabou o curso que escolheu e encontrou um trabalho no qual se sentia bem. Apaixonou-se e a família que formou também o deixou satisfeito. Não era insensível, antes pelo contrário, aos problemas que afligiam as pessoas mas não escondia o bem-estar que sentia.
A partir de certa altura, o Feliz começou a sentir que o tratavam se forma diferente. As pessoas mostravam-se amargas e irritadas na relação consigo. De mansinho, sentiu que se instalou antipatia à sua volta. Sem perceber muito bem porquê, o Feliz esforçava-se por recuperar as relações procurando mostrar-se ainda mais simpático, disponível e com o ar que um feliz deve ter. Sem resultado, quanto mais se esforçava por se mostrar bem, mais amargas as pessoas pareciam.
Um dia, estava sentado num banco de jardim a pensar na sua vida, quando ao lado se sentou um Velho. Como sempre, o Feliz meteu conversa e, como frequentemente fazemos com desconhecidos, contou a sua perplexidade. Depois de ouvir a longa história, o Velho, de olhos serenos e voz calma, falou.
Sabe amigo, de uma forma geral as pessoas não gostam de Felizes, sobretudo as que não se sentem bem consigo próprias. Como não se sentem bem, cada vez que encontram um Feliz é como se tivessem um espelho em frente que lhes devolve a imagem da sua infelicidade. Então, por vezes, mostram-se amargas e irritadas como se cobrassem ao Feliz a sua própria infelicidade.
Eu até entendo isso, mas que hei-de fazer?
Nada, amigo. Boa tarde, seja Feliz.
3 comentários:
Se o Feliz é um 'homem do seu tempo', ou escreve um livro de auto-ajuda ou entra em depressão...
Por favor, diga-me o que aconteceu depois!
:)
Deprimiu-se porque não gosta de livros de auto-ajuda
Ainda bem! Se gostasse de livros de auto-ajuda é que não era feliz de certeza.
O olhar "para dentro" ainda é muito mal compreendido! Talvez para ser Feliz(cada um à sua maneira - isto daria uma discussão dos diabos!),um dos caminhos, seria procurar o livro de auto-ajuda "dentro" e não fora...fica a ideia, que vale o que vale, ou seja, uma modesta opinião.
Abraço
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