domingo, 14 de dezembro de 2008

TARDE PIASTE

Como aqui já tenho referido, na minha terra, quando alguém decide fazer ou dizer algo que já vem atrasado, utiliza-se a expressão, “tarde piaste”. É o caso do Banco de Portugal. O Governador, é ele o responsável, deixou-se enrolar, ou não foi suficientemente competente na acção de supervisão para prevenir as trapalhadas que os gestores executivos do BCP foram montando ao longo dos anos. A maior parte desta gente conseguiu entretanto excelentes “Planos de Reforma” e enormes “apoios” à sua retirada. Estão na sua grande maioria em pleno gozo de uma douradíssima reforma. Agora, de acordo com o Público, o Banco de Portugal vem acusá-los de práticas de gestão ilícitas. Os acusados, certamente, sem fundamento, poderão, como é natural, apresentar a sua defesa e o processo entra, assim, na suave modorra que inspira o Dr. Vítor Constâncio, a última pessoa a correr o risco de se considerar hiperactiva. Antecipo que as consequências irão ser mínimas, eventualmente alguns dos envolvidos poderão ver-se inibidos de exercer cargos de gestão no sistema bancário durante algum tempo. É verdade que estando já reformados, a “pena” é irrelevante. Até imagino o Eng. Jardim Gonçalves e o delfim Teixeira Pinto a tremerem de medo e a “ver a vida a andar para trás”.
No entanto, para dar uma ideia de justiça, também se poderá dizer, “vale mais tarde, que nunca”.

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