Eu sei que haverá por aqui uma ponta de demagogia e populismo. No entanto, não posso deixar de reparar que numa época marcada por muitíssimas dificuldades atravessadas por milhares de portugueses, pela subida significativa de pedidos de ajuda às instituições de apoio social, por situações crescentes de desemprego e incumprimento de créditos com consequências devastadoras para as famílias, etc., ficamos a saber que o Governador do Banco de Portugal tem o terceiro salário mais alto dos governadores de bancos centrais, atrás do Banco de Hong Kong e do Banco de Itália, assistimos à escandalosa trapalhada sobre faltas e assinaturas não correspondentes às presenças por parte daqueles que representam, por natureza, a nata da acção política, os deputados, para não referir o que recentemente tem vindo a lume no âmbito dos casos BPN e do BPP.
Não consigo entender porque razão, quem de direito, os próprios envolvidos, não avaliam o impacto devastador e lesivo da sua própria imagem que situações destas implicam. Por onde pára o pudor e o bom senso e algum sentido ético de solidariedade e cumprimento do dever de que as elites não podem, nem devem, alhear-se.
Estas questões serão certamente questões menores quando comparadas com os atropelos que ainda se verificam aos Direitos Humanos no dia em que se assinalam 60 anos sobre a Declaração Universal, mas contribuem, seguramente, para um caldo de cultura pouco positivo e promotor de confiança.
Não consigo entender porque razão, quem de direito, os próprios envolvidos, não avaliam o impacto devastador e lesivo da sua própria imagem que situações destas implicam. Por onde pára o pudor e o bom senso e algum sentido ético de solidariedade e cumprimento do dever de que as elites não podem, nem devem, alhear-se.
Estas questões serão certamente questões menores quando comparadas com os atropelos que ainda se verificam aos Direitos Humanos no dia em que se assinalam 60 anos sobre a Declaração Universal, mas contribuem, seguramente, para um caldo de cultura pouco positivo e promotor de confiança.
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