Nasceu sem o abrigo de um colo que o esperasse.
Cresceu numa família que nunca foi um porto de abrigo.
Entrou numa escola de onde, passados muitos anos, saiu sem nunca ter encontrado abrigo.
Foi abrigar-se na rua onde encontrou outros desabrigados da vida.
Não encontrou nunca o abrigo de um afecto.
Abrigava-se, quando podia e conseguia, nas sobras dos poucos que reparavam nos olhos tristes por desabrigo.
Arrastou-se, sem abrigo, até ao fim de uma vida feita de ruas desabrigadas em noites de inverno.
Encontrou, finalmente, abrigo num anónimo pedaço de chão.
Cresceu numa família que nunca foi um porto de abrigo.
Entrou numa escola de onde, passados muitos anos, saiu sem nunca ter encontrado abrigo.
Foi abrigar-se na rua onde encontrou outros desabrigados da vida.
Não encontrou nunca o abrigo de um afecto.
Abrigava-se, quando podia e conseguia, nas sobras dos poucos que reparavam nos olhos tristes por desabrigo.
Arrastou-se, sem abrigo, até ao fim de uma vida feita de ruas desabrigadas em noites de inverno.
Encontrou, finalmente, abrigo num anónimo pedaço de chão.
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