Certamente contente com o facto do Pai Natal, em quem ainda acredita, ter respondido a quase todos os desejos expressos na carta que lhe escreveu para a Lapónia, o Sr. Procurador-Geral da República veio a terreiro informar “urbi et orbi” que a justiça em Portugal apenas distingue o lícito do ilícito, não sendo sensível à condição social, ao poder económico ou ao cargo de quem, eventualmente esteja ligado a um ilícito.
Eu creio que o Sr. Procurador-Geral se baralhou. Este era o último desejo que ele tinha colocado na carta ao Pai Natal, mas este achou que era uma tarefa para a qual, nem mesmo ele, não tinha recursos e que, por isso, não podia realizar. Então o Sr. Procurador-Geral, como é muito crente, pensou que se o Pai Natal não conseguia, talvez ele pudesse ir adiantando a formulação dos desejos para as passas do fim de ano. Só que, como é um bocadinho distraído, às vezes diz o que não quer, lembrem-se das suas considerações sobre o caso da menina Esmeralda e sobre o julgamento do processo Casa Pia, o Sr. Procurador-Geral começou a pensar os desejos em voz alta não reparando que um jornalista estava por perto e pronto, lá deu esta confusão.
Eu e mais alguns cidadãos que não escrevemos ao Pai Natal nem comemos passas no fim de ano para ver a nossa vida se altera, sem querer ofender o Dr. Pinto Monteiro é que nos rimos discretamente a pensar em histórias como perdões fiscais, ausência de condenados por corrupção, manobras processuais executadas por advogados bem pagos que protelam até à prescrição inúmeros processos, acordos informais sobre condições e circunstâncias de detenção, etc., sempre envolvendo figuras com algum peso social e não um qualquer pilha-galinhas. O Sr. Procurador-Geral bem pode escrever ao Pai Natal mas este, só não lhe diz que a justiça é forte com os fracos e fraca com os fortes, para ele, coitado, não ficar triste e deprimido.
Eu creio que o Sr. Procurador-Geral se baralhou. Este era o último desejo que ele tinha colocado na carta ao Pai Natal, mas este achou que era uma tarefa para a qual, nem mesmo ele, não tinha recursos e que, por isso, não podia realizar. Então o Sr. Procurador-Geral, como é muito crente, pensou que se o Pai Natal não conseguia, talvez ele pudesse ir adiantando a formulação dos desejos para as passas do fim de ano. Só que, como é um bocadinho distraído, às vezes diz o que não quer, lembrem-se das suas considerações sobre o caso da menina Esmeralda e sobre o julgamento do processo Casa Pia, o Sr. Procurador-Geral começou a pensar os desejos em voz alta não reparando que um jornalista estava por perto e pronto, lá deu esta confusão.
Eu e mais alguns cidadãos que não escrevemos ao Pai Natal nem comemos passas no fim de ano para ver a nossa vida se altera, sem querer ofender o Dr. Pinto Monteiro é que nos rimos discretamente a pensar em histórias como perdões fiscais, ausência de condenados por corrupção, manobras processuais executadas por advogados bem pagos que protelam até à prescrição inúmeros processos, acordos informais sobre condições e circunstâncias de detenção, etc., sempre envolvendo figuras com algum peso social e não um qualquer pilha-galinhas. O Sr. Procurador-Geral bem pode escrever ao Pai Natal mas este, só não lhe diz que a justiça é forte com os fracos e fraca com os fortes, para ele, coitado, não ficar triste e deprimido.
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