Como creio que à generalidade dos cidadãos, interessam-me os dados relevantes da nossa história, sobretudo, quando respeita a épocas nas quais vivemos o que nos possibilita ter, também, alguma visão dos acontecimentos. Nesta perspectiva, foi com curiosidade que fui ler a entrevista inserta no Público a Pires Veloso sobre o 25 de Novembro de 1975. Pires Veloso era na altura comandante da Região Militar Norte. Mais do que ficar decepcionado, fiquei impressionado com a pequenez da figura a quem já chamaram o Vice-rei do Norte.
A entrevista não acrescentou nada de novo ao que se sabe sobre os acontecimentos à volta do 25 de Novembro a não ser a tentativa de diminuir o papel normalmente atribuído a Ramalho Eanes. Não sei se, de facto, o papel de Eanes estará sobrevalorizado, ou não, mas o que me ficou claro foi um discurso ressabiado, mesquinho e medíocre como se procurasse um ajuste de contas sem que saibamos a razão.
A figura retoma um discurso já gasto e sem sentido em torno da ideia de um norte patriota, de gente séria e de princípios, em que até o “pormenor” dos ataques à bomba é branqueado como se se tratasse de “fait-divers” sem significado. O sul é, naturalmente, retratado pela figura como terra de comunistas, sem princípios e anti-patriotas. Aliás a figura acha que as “multidões” “lá das Almadas e dos Barreiros” (sic) são gente para quem basta ser tratada por “camaradas” para se acalmar, porque, obviamente, não passará de um bando de mentecaptos. Absolutamente deprimente e patético.
Não discuto o interesse editorial de ouvir este homem. Fica claro que a história lhe passou ao lado e que dele ninguém se lembrará. Mas incomodou-me.
A entrevista não acrescentou nada de novo ao que se sabe sobre os acontecimentos à volta do 25 de Novembro a não ser a tentativa de diminuir o papel normalmente atribuído a Ramalho Eanes. Não sei se, de facto, o papel de Eanes estará sobrevalorizado, ou não, mas o que me ficou claro foi um discurso ressabiado, mesquinho e medíocre como se procurasse um ajuste de contas sem que saibamos a razão.
A figura retoma um discurso já gasto e sem sentido em torno da ideia de um norte patriota, de gente séria e de princípios, em que até o “pormenor” dos ataques à bomba é branqueado como se se tratasse de “fait-divers” sem significado. O sul é, naturalmente, retratado pela figura como terra de comunistas, sem princípios e anti-patriotas. Aliás a figura acha que as “multidões” “lá das Almadas e dos Barreiros” (sic) são gente para quem basta ser tratada por “camaradas” para se acalmar, porque, obviamente, não passará de um bando de mentecaptos. Absolutamente deprimente e patético.
Não discuto o interesse editorial de ouvir este homem. Fica claro que a história lhe passou ao lado e que dele ninguém se lembrará. Mas incomodou-me.
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