segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

INTERESSES PARTIDÁRIOS DE OCASIÃO. WHAT ELSE?

Sobre interesses partidários de ocasião falou o Presidente da República na comunicação de hoje, para, na sua opinião, justificar o comportamento do Parlamento relativamente ao Estatuto Político-Administrativo dos Açores. As reacções dos partidos, designadamente do Dr. Canas, “His master’s voice” foi no sentido de contestar a existência e peso destes “interesses partidários” e o Dr. Rangel, líder parlamentar do PSD que votou a favor do Estatuto duas vezes e na terceira se absteve, vem falar da atitude de guerrilha partidária do PS para com Cavaco Silva.
Devo confessar que fico perplexo. Num sistema e numa cultura política assente na partidocracia que mais haverá para justificar posições políticas do que, obviamente, “interesses partidários de ocasião”. Estranho é que o Presidente, já com experiência de liderança partidária, venha agora, com discurso de virgem ofendida, queixar-se desses interesses.
Se como disse o Presidente, esta questão, compromete o regular funcionamento das instituições, então deveria assumir as consequências, dissolução do Parlamento. Mas isto levantaria, provavelmente, uma grande questão sobre “interesses partidários de ocasião”.

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