Sobre interesses partidários de ocasião falou o Presidente da República na comunicação de hoje, para, na sua opinião, justificar o comportamento do Parlamento relativamente ao Estatuto Político-Administrativo dos Açores. As reacções dos partidos, designadamente do Dr. Canas, “His master’s voice” foi no sentido de contestar a existência e peso destes “interesses partidários” e o Dr. Rangel, líder parlamentar do PSD que votou a favor do Estatuto duas vezes e na terceira se absteve, vem falar da atitude de guerrilha partidária do PS para com Cavaco Silva.
Devo confessar que fico perplexo. Num sistema e numa cultura política assente na partidocracia que mais haverá para justificar posições políticas do que, obviamente, “interesses partidários de ocasião”. Estranho é que o Presidente, já com experiência de liderança partidária, venha agora, com discurso de virgem ofendida, queixar-se desses interesses.
Se como disse o Presidente, esta questão, compromete o regular funcionamento das instituições, então deveria assumir as consequências, dissolução do Parlamento. Mas isto levantaria, provavelmente, uma grande questão sobre “interesses partidários de ocasião”.
Devo confessar que fico perplexo. Num sistema e numa cultura política assente na partidocracia que mais haverá para justificar posições políticas do que, obviamente, “interesses partidários de ocasião”. Estranho é que o Presidente, já com experiência de liderança partidária, venha agora, com discurso de virgem ofendida, queixar-se desses interesses.
Se como disse o Presidente, esta questão, compromete o regular funcionamento das instituições, então deveria assumir as consequências, dissolução do Parlamento. Mas isto levantaria, provavelmente, uma grande questão sobre “interesses partidários de ocasião”.
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