Já ontem aqui manifestei a minha perplexidade pelo facto do Presidente da República atribuir a interesses partidários de ocasião o problema em torno do Estatuto do Açores. Como se fosse possível no nosso modelo e cultura política, uma partidocracia, verificar-se outro critério a informar quase em exclusivo a acção política, ainda que estes interesses partidários se mascarem, nas mais das vezes de forma desajeitada e até desrespeitadora da inteligência do cidadão, sob o manto do “supremo interesse nacional”. Vejamos dois bons exemplos deste quadro. O primeiro, em declarações recolhidas pelo Público o Dr. Santana Lopes, um paradigma de consistência política, defende a dissolução da Assembleia da República. Ele não disse mas presumo que a sua posição é ditada pelo supremo interesse nacional e não tem nada, mas mesmo nada, a ver com “interesses partidários de ocasião”, tal como a posição do PSD nesta matéria e, também, relativamente à situação na Madeira. O segundo exemplo remete para as declarações de Carlos César, líder do PS nos Açores. Defende o Sr. Dr. que a promulgação do Estatuto defende, claro, o supremo interesse nacional. E nós ficámos mais descansados pois a sua posição não tem nada, mas mesmo nada, a ver com interesses partidários de ocasião.
É por isso, que se o povo acreditasse no Pai Natal, teria pedido uma classe política nova. A que temos, na sua esmagadora maioria, não merece credibilidade.
É por isso, que se o povo acreditasse no Pai Natal, teria pedido uma classe política nova. A que temos, na sua esmagadora maioria, não merece credibilidade.
PS - Para acentuar esta ideia vejam as declarações do inenarrável Menezes, estão fresquinhas no Público
1 comentário:
Caríssimo Zé, a partidocracia está a dar as últimas, o povo começa a ficar saturado de incompetentes e gente vulgarizadora de tudo somente interessada na gestão dos seus tachos, desde logo em risco.
Precisamos de outro Regime e começar de novo do ponto onde, em 1908, estávamos.
Abraço!
joshua
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