Numa daquelas conversas que a Professora Joana fazia habitualmente com o seu grupo, estava discutir-se o que a miudagem se imaginava a fazer quando chegasse a grande. A maioria dos miúdos ia referindo as escolhas habituais na idade, médico, futebolista, professora, piloto de aviões, bailarino, músico, etc. No entanto algumas respostas fugiam ao padrão mais frequente o que não deixou de surpreender a Joana.
O João, um dos miúdos mais activos e participativos do grupo queria ser Fazedor, explicando que como Fazedor poderia fazer todas as coisas de que as pessoas precisassem para, assim, ninguém ter falta de coisa nenhuma.
A Sara, uma mocinha muitíssimo arrumada e serena, disse no seu jeito tranquilo que queria ser Organizadora. Sendo Organizadora poderia mexer na vida das pessoas de forma que todos tivessem tempo para tudo e tudo pudesse ser feito, bem feito.
O Francisco, um puto esperto que passava parte do seu tempo na “Lua” afirmou convictamente que queria ser Sonhador. Se ele fosse Sonhador, um bom Sonhador, acrescentou, teria imensos sonhos para dar às pessoas que já não têm ou não são capazes de os ter.
Faltava só ouvir o Manel, o reguila. Foi ouvindo em silêncio, contra o hábito, pensou a Joana, quando o interrogou, “Então Manel, só faltas tu, que queres ser quando fores grande?”. O Manel hesitou e, de repente, afirma, “Quero ser Mandador”. Mandador? Exclamou toda a gente. E o Manel, com o ar de quem sabe o que quer, explicou, “Quando for Mandador vou mandar as pessoas todas fazer o que o João, a Sara e o Francisco disserem”.
Ficamos à espera, digo eu.
O João, um dos miúdos mais activos e participativos do grupo queria ser Fazedor, explicando que como Fazedor poderia fazer todas as coisas de que as pessoas precisassem para, assim, ninguém ter falta de coisa nenhuma.
A Sara, uma mocinha muitíssimo arrumada e serena, disse no seu jeito tranquilo que queria ser Organizadora. Sendo Organizadora poderia mexer na vida das pessoas de forma que todos tivessem tempo para tudo e tudo pudesse ser feito, bem feito.
O Francisco, um puto esperto que passava parte do seu tempo na “Lua” afirmou convictamente que queria ser Sonhador. Se ele fosse Sonhador, um bom Sonhador, acrescentou, teria imensos sonhos para dar às pessoas que já não têm ou não são capazes de os ter.
Faltava só ouvir o Manel, o reguila. Foi ouvindo em silêncio, contra o hábito, pensou a Joana, quando o interrogou, “Então Manel, só faltas tu, que queres ser quando fores grande?”. O Manel hesitou e, de repente, afirma, “Quero ser Mandador”. Mandador? Exclamou toda a gente. E o Manel, com o ar de quem sabe o que quer, explicou, “Quando for Mandador vou mandar as pessoas todas fazer o que o João, a Sara e o Francisco disserem”.
Ficamos à espera, digo eu.
1 comentário:
Que falta que fazem crescidos como a menina Sara e os meninos Francisco e o João por quererm ser aquilo que todos se esquecem que é preciso!
Que faltam que fazem crescidos como o menino Manel que mandam fazer aquilo que todos se esqueçem!
Porque é que nós crescidos não aprendemos com os meninos e nos lembramos que também nós já fomos meninos e acreditámos, com muita força, que bastava querer, insistir e persistir!?
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