É normal que no fim dos ciclos políticos surjam os balanços. Assim sendo começam a aparecer as avaliações à PEC – Política Educativa em Curso. O Público avança hoje com algum trabalho de avaliação incluindo uma interessante entrevista com José Gil, figura insuspeita de aliança à Plataforma Sindical dos professores e que analisa de forma bem negativa vários aspectos da política do ME.
Muitas vezes aqui me tenho referido à política educativa desta equipa e, apesar de alguns aspectos positivos, também concordo que o balanço é negativo. Sublinho apenas o Estatuto da Carreira Docente com uma incompreensível e bizarra divisão da classe em professores titulares e outros, a avaliação de professores que não sendo bem pensada no início acabou por ser coisa nenhuma, o Estatuto do Aluno que criou equívocos e lançou sinais errados e, área para mim fundamental, a reintrodução inaceitável da aplicação de critérios de elegibilidade para apoio educativo deixando muitas crianças sem qualquer apoio às suas dificuldades. Todas estas áreas careciam de intervenção política, mas tão importante como intervir nas coisas certas, é necessário fazer certas as coisas.
Como resultado, temos uma classe de professores crispada, revoltada, com níveis de participação em manifestações raramente verificados, com milhares de professores comprando a reforma por não aguentarem o clima criado nas escolas. Temos escolas burocratizadas afogadas em processos e em grelhas, com mau clima de trabalho, sem expectativas de alteração e reactivas a discursos arrogantes e incompetentes das lideranças sobre os professores e sobre a educação. Temos ainda o exacerbar da luta política dentro da educação, veja-se a forma habilidosa como a equipa do ME sempre soube capitalizar na opinião pública, com o apoio da CONFAP, o descontentamento dos professores, lembrem-se da mítica, “perdi os professores, mas ganhei a opinião pública”. É certo que a Plataforma Sindical, do meu ponto de vista, tanto como contestar o que deveria ser contestado, deveria ter sido mais eficaz no discurso dirigido aos pais e aos cidadãos em geral, mostrando como políticas erradas não são só más para os professores, são más para a comunidade.
Muitas vezes aqui me tenho referido à política educativa desta equipa e, apesar de alguns aspectos positivos, também concordo que o balanço é negativo. Sublinho apenas o Estatuto da Carreira Docente com uma incompreensível e bizarra divisão da classe em professores titulares e outros, a avaliação de professores que não sendo bem pensada no início acabou por ser coisa nenhuma, o Estatuto do Aluno que criou equívocos e lançou sinais errados e, área para mim fundamental, a reintrodução inaceitável da aplicação de critérios de elegibilidade para apoio educativo deixando muitas crianças sem qualquer apoio às suas dificuldades. Todas estas áreas careciam de intervenção política, mas tão importante como intervir nas coisas certas, é necessário fazer certas as coisas.
Como resultado, temos uma classe de professores crispada, revoltada, com níveis de participação em manifestações raramente verificados, com milhares de professores comprando a reforma por não aguentarem o clima criado nas escolas. Temos escolas burocratizadas afogadas em processos e em grelhas, com mau clima de trabalho, sem expectativas de alteração e reactivas a discursos arrogantes e incompetentes das lideranças sobre os professores e sobre a educação. Temos ainda o exacerbar da luta política dentro da educação, veja-se a forma habilidosa como a equipa do ME sempre soube capitalizar na opinião pública, com o apoio da CONFAP, o descontentamento dos professores, lembrem-se da mítica, “perdi os professores, mas ganhei a opinião pública”. É certo que a Plataforma Sindical, do meu ponto de vista, tanto como contestar o que deveria ser contestado, deveria ter sido mais eficaz no discurso dirigido aos pais e aos cidadãos em geral, mostrando como políticas erradas não são só más para os professores, são más para a comunidade.
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