Uma das minhas rotinas diárias é passar os olhos pelos principais títulos da imprensa através da net. Também tenho para mim que a participação dos cidadãos e o apelo a essa participação no sentido de emitirem opiniões ou discutirem ideias, constitui, por princípio, um aproveitamento positivo das possibilidades desta extraordinária ferramenta de comunicação. Mas hoje fiquei um bocadinho baralhado. O Correio da Manhã perguntava ao leitor se achava, através do voto, que o casamento de Clara de Sousa tinha sido precipitado. Ainda por cima apenas permitia o SIM ou NÃO. Eu gosto de participar nestas coisas e fiquei aflito. Quem é a Clara de Sousa? E ela casou? Não está certo, ninguém me disse nada. E casou com quem? E porque raio de mistério ou carga de água hei-de saber se foi uma precipitação, ou não? E agora o que é que eu faço? Respondo o quê, se só tenho como hipótese, sim ou não. Havia um jogo que eu jogava em pequeno, já não me lembro qual, que tinha uma regra que era, “Posso pedir explicações?” Agora dava-me jeito, explicavam-me a problemática do casamento da Clara de Sousa e eu, depois, participava com uma opinião devidamente esclarecida e contributiva para um entendimento geral sobre tão importante e actual matéria.
Agora a sério, o mundo ensandeceu ou estou a ficar velho?
Agora a sério, o mundo ensandeceu ou estou a ficar velho?
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