sexta-feira, 29 de maio de 2009

QUE GRANDE INCÓMODO, O "CASO DA MENINA RUSSA, A PEQUENA ALEXANDRA"

Não queria voltar ao “caso da menina russa, a pequena Alexandra” mas não resisto.
O Ministro da Justiça, o entaramelado Alberto Costa, está incomodado com o “caso da menina russa, a pequena Alexandra” mas como cidadão, não sei se é claro, porque os ministros não se incomodam com ninharias.
O Ministro do Trabalho e da Segurança Social está incomodado com o “caso da menina russa, a pequena Alexandra”, pelos vistos como ministro porque alguns, afinal, podem incomodar-se.
O Juiz Gouveia de Barros, responsável pelo Acórdão do Tribunal da Relação no “caso da menina russa, a pequena Alexandra”, está incomodado, mas voltaria a proceder da mesma forma.
A Rússia está incomodada com a mediatização do “caso da menina russa, a pequena Alexandra”.
O Conselho Superior da Magistratura, pela voz do seu vice está incomodado com o “caso da menina russa, a pequena Alexandra” e com as declarações incomodadas do Juiz incomodado da Relação de Braga.
O casal que tem tido a criança consigo está incomodado com o “caso da menina russa, a pequena Alexandra”.
A imprensa está incomodada com o “caso da menina russa, a pequena Alexandra”.
Há putos que só vêm ao mundo para causar incómodos. Isto passa, é só mais uns dias. POBRE “MENINA RUSSA, A PEQUENA ALEXANDRA”.

1 comentário:

Nuno Silva disse...

Mais uma vez parece que o nosso sistema de justiça decidiu tendo em conta o "melhor interesse da criança". Não tenho conhecimento suficiente sobre o caso, nem formação em direito para proferir juizos de valor quanto é decisão do sr. Juiz, mas não nos esqueçamos que no meio de tanto incómodo está a vida de uma criança, que andará perdida e assustada com esta reviravolta na sua vida, vendo-se bruscamente afastada do ambiente onde foi criada, das pessoas com quem conviveu a maior parte da sua vida, num pais diferente, onde nem a lingua conhece motivo pelo qual não frequenta a escola. Por certo se interrogará: "Que asneira será que fiz para me castigarem desta forma?". Terão os exmos. srs. Juizes na sua formação algumas cadeiras de desumanização e descensibilização? Serão eles algum projecto secreto de Cyborgs capazes de decidir apenas baseando-se naquilo que algum legislador num certo dia se lembrou de escrever? Não terão filhos pelos quais sentem algum carinho e vontade de ver bem? Não resito a utilizar uma expressão que ouvi numa aula de uma cadeira na faculdade, "Faz-me espécie!!".