quinta-feira, 14 de maio de 2009

INVEJINHAS

Ao que parece, um grupo de rapaziada da medicina, especialidade ginecologia, desloca-se a um congresso na Malásia, ao que consta um dos países do mundo com maior avanço nos conhecimentos sobre esta área. Quando lá estão, certamente cansados da densidade científica dos trabalhos do congresso, aproveitam um pequeno intervalo e deslocam-se a uma ilha onde fomentam o convívio e o espírito de grupo aproveitando para aprofundar a troca de conhecimentos científicos num clima lúdico e informal. Os encargos com este programa terão sido alegadamente suportados por um laboratório o que me parece também muito louvável no sentido de promover cooperação entre os vários actores e agentes no domínio da saúde. Não percebo, sinceramente, o tom crítico com que esta matéria aparece tratada na imprensa. Esquecem, provavelmente o sacrifício que representa o afastamento dos senhores ginecologistas da sua família, pacientes e amigos, do esforço intelectual que realizam, dos conhecimentos científicos acumulados e que obviamente colocarão ao serviço dos utentes, do espírito de camaradagem e são convívio que torna mais felizes as pessoas e, portanto, melhores profissionais. Só consigo explicar tal azedume pelo sentimento tão português da invejinha.
Há só um pormenor que não entendo muito bem. Porque fizeram tantos quilómetros para se disfarçar de piratas se, alguns deles, já cá passam algum tempo na pirataria e mercenarismo?

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