terça-feira, 19 de maio de 2009

É MELHOR IR À BRUXA

Eu não creio em bruxas, mas que existem, existem. O País preparava-se para entrar num ciclo de grande prosperidade e desenvolvimento liderado pelo Grande Timoneiro e sua Grande Equipa. Tudo correria bem e de acordo com os manuais da política, mais aperto no início da legislatura e folga ao aproximar de eleições. Até que os Elementos começaram a conspirar e tem sido um nunca mais acaba de azares a ensombrar a vida do Querido Líder. Vejamos sem ordem cronológica alguns dos azares, coincidências ou mãozinha do diabo, sei lá.
Depois do episódio da licenciatura e quando tudo parecia bem, cai-nos a crise em cima, depois de nos terem garantido que ela não chegava cá e que estávamos preparados. No meio da crise emerge das cinzas o Freeport e a campanha negra a que se juntou recentemente um rapaz, Lopes da Mota, presidente do Eurojust que desata a usar o santo nome do Ministro Alberto Costa, (conhecem?) para, alegadamente pressionar a investigação. Estavam os meninos mergulhados nos seus Magalhães quando se descobre que, certamente por pirataria, os programas estavam cheios de erros. Tivemos ainda um incidente de censura no Carnaval de Torres Vedras e aquele Relatório da OCDE que, afinal, era só OC (Obra Comprada) e não DE (Devidamente Elaborada). Pelo meio, apareceram uns projectos assinados, supostamente, por quem não os realizou e agora são destruídos arquivos com peças necessárias a processo judiciais em curso. Como se não bastasse, surge um candidato à Europa que, volta e meia, desacerta com o discurso do partido obrigando a ginásticas discursivas patéticas. Para acabar temos os dados sobre o desemprego que um cruzamento certamente complicado faz desaparecer e a Autoridade para as Condições do Trabalho, a entidade fiscalizadora da lei laboral a ter ao seu serviço pessoas na situação de falsos "recibos verdes". É obra.
É muito azar para um governo só. E que tal ir à bruxa? Olhem, lá na minha terra há uma senhora que faz uns preparos, ao que parece com bons resultados. Querem a morada?

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