Esta semana trouxe as primeiras
chuvas ao Alentejo. Desde há muitos meses, demasiados meses que tal não
acontecia. A terra gretada e desesperada por água já mudou de cor, um castanho
mais escuro e amaciou. Uma terra que é milagrosa, uns dias, poucos, de chuva e o pasto a rebentar começando a emergir um verde que é vida e rapidamente irá tapar o castanho que ainda predomina.
Deu para fabricar um bom bocado de
terra para começar a preparar a horta. O cheiro da terra molhada a ser fabricada
é redentor e assinala um novo começo. Seria desejável que este novo começo
fosse mais amplo.
Já ficaram na terra umas dezenas
de pés de couve que imploravam passar dos criadores para a terra grande.
Nas oliveiras, a azeitona também
mirrava por falta de água e ameaça o azeite que dará. Nota-se alguma diferença,
esperemos que ainda encha um pouco e não fica gafada, o tempo vai quente. O
lagar vai abrir e veremos que azeitona lá levarei.
Lamentavelmente, parece que a
água não irá voltar por estes dias mais próximos. Que volte depressa.
São também assim os dias do
Alentejo.
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