Era uma vez um homem chamado
Vencedor. Desde que nasceu os pais decidiram que o Vencedor seria o que eles
achavam não ter conseguido na vida que tinham, um vencedor. Assim, sempre foi
exigido ao Vencedor que fosse excelente em tudo o que fazia.
Foi o melhor aluno durante o
tempo todo que andou na escola. Os pais nunca aceitaram que o Vencedor perdesse
tempo naquelas coisas inúteis em que as crianças e adolescentes gastam o tempo,
brincar, por exemplo, a sua vida era preparar-se para ser o mais competente.
O Vencedor, envolvido nesta
exigência, foi-se acomodando e correspondia às expectativas dos pais. Entrou na
universidade, como seria de esperar, no curso que os pais escolheram por lhes
parecer o mais adequado a um Vencedor e, como sempre, foi o melhor aluno do
curso. Para contentamento e felicidade dos pais logo que acabou a sua formação
foi convidado para um importante lugar na maior empresa que existia naquela
terra, o seu filho cumpria o seu sonho, era um Vencedor.
Na manhã do primeiro dia em que
entraria na empresa, o Vencedor olhou para o espelho e, nunca tal coisa lhe
tinha acontecido, não se reconheceu, aquela imagem era-lhe completamente
desconhecida. Arranjou à pressa uma mala de roupa e sem ruído saiu de casa sem
uma palavra.
Nunca mais se soube dele e
ninguém percebeu este comportamento.
Só um velho lá terra que sabia da
sua história desde pequeno pensou para consigo, “Finalmente, conseguiu ir à
procura dele mesmo, agora é um vencedor”.
Sem comentários:
Enviar um comentário