Em tempos marcados pela
efervescência das redes sociais julgo que, paradoxalmente, a solidão é uma
situação que afecta muita gente de todas as idades mesmo quando diariamente rodeada
de pessoas.
Vem esta introdução a propósito
de uma notícia das que podemos inscrever nos “sinais dos tempos” e que não é
possível ler sem um sobressalto, o aluguer de namoradas, isso mesmo, o aluguer
de namoradas com preços que começam nos 60€ por hora.
Os mercados estão atentos, a
ideia começou nos Estados Unidos, explodiu na China e já chegou a Portugal. Ao
que se lê não tem a ver com encontros de natureza sexual, apenas a oportunidade
de ter uma companhia para o lado “romântico” do namoro, o jantar, a saída, o
passeio, a conversa, uma carícia e, por vezes mesmo um beijo.
As “namoradas”, ao parece o
negócio ainda não acomoda as diversas configuração das relações entre géneros,
são escolhidas criteriosamente para que sejam “a namorada que sonhei”.
Na verdade, para muita gente, a namorada que sonhou parece ser a "impossible dream". Os
testemunhos são positivos e reveladores.
De tudo se constrói um nicho de mercado,
agora a solidão afectiva, com o acesso ao aluguer de namoradas. Haverá limites?
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