domingo, 8 de outubro de 2017

A NAMORADA QUE SONHEI

Em tempos marcados pela efervescência das redes sociais julgo que, paradoxalmente, a solidão é uma situação que afecta muita gente de todas as idades mesmo quando diariamente rodeada de pessoas.
Vem esta introdução a propósito de uma notícia das que podemos inscrever nos “sinais dos tempos” e que não é possível ler sem um sobressalto, o aluguer de namoradas, isso mesmo, o aluguer de namoradas com preços que começam nos 60€ por hora.
Os mercados estão atentos, a ideia começou nos Estados Unidos, explodiu na China e já chegou a Portugal. Ao que se lê não tem a ver com encontros de natureza sexual, apenas a oportunidade de ter uma companhia para o lado “romântico” do namoro, o jantar, a saída, o passeio, a conversa, uma carícia e, por vezes mesmo um beijo.
As “namoradas”, ao parece o negócio ainda não acomoda as diversas configuração das relações entre géneros, são escolhidas criteriosamente para que sejam “a namorada que sonhei”. 

Na verdade, para muita gente, a namorada que sonhou parece ser a "impossible dream". Os testemunhos são positivos e reveladores.
De tudo se constrói um nicho de mercado, agora a solidão afectiva, com o acesso ao aluguer de namoradas. Haverá limites?

Sem comentários: