Gostei de ler o texto de João
Ruivo, “O sucesso das lideranças escolares” em qua acentua a sua importância,
designadamente na sua dimensão emocional.
Como tenho escrito, muitos
estudos e a experiência mostram que nas organizações, incluindo escolas, a
qualidade das lideranças tem um impacto forte no desempenho global das instituições e
também de todos os que nela funcionam.
Boas lideranças escolares
traduzem-se em melhores e mais estáveis climas de trabalho, maior nível de
colaboração entre os profissionais, menor absentismo, melhores resultados ou
menos incidentes de natureza disciplinar, melhor relação com pais e comunidade,
entre outros aspectos.
Camões já afirmava que um fraco
Rei faz fraca a forte gente” o que numa actualização republicana poderá
entender-se como a defesa de lideranças competentes, com um gestão participada,
com mecanismos de eleição alargados, transparentes, escrutinados e com,
insisto, mecanismos de regulação que previnam excessos e abusos.
A qualidade e o sucesso da liderança de escolas e agrupamentos
assumirão ainda maior relevância num cenário desejável de incremento de
autonomia de escolas e agrupamentos. Na verdade, esta autonomia é uma
ferramenta de desenvolvimento da sua qualidade, pois permite que os seus
recursos, modelos de organização e funcionamento, oferta educativa, etc. se
ajustem às especificidades de contexto e, assim, melhor possam responder à
população que servem, a toda a população, evidentemente, de acordo com as suas
necessidades.
Veremos se o anunciado caminho de
municipalização em modo “proximidade” potencia uma efectiva autonomia ou se descentraliza sem que a decisão em matérias importantes passe pelas escolas.
Sem comentários:
Enviar um comentário