"Divórcio é um luxo em tempos de crise"
O número anual de divórcios tem vindo a diminuir. Esta situação
não parece decorrer de uma maior estabilidade e duração das relações familiares
mas dos custos económicos da separação e reconstrução de vidas individuais
Neste cenário tem vindo a crescer o número de situações de
casais que, apesar de separados, continuam a coabitar o mesmo espaço ou que nem
sequer assumem a separação, criando uma situação de "casados por
fora" e "descasados por dentro", que poderá implicar, quando
existem filhos, algumas ansiedades e inquietações nos pais sobre a forma de
lidar com um contexto em que aparentemente existe uma família, quando na
verdade já são duas com uma ou mais crianças entre elas.
Por outro lado, as crianças e adolescentes também percebem,
sentem, muito bem quando as coisas se alteram. Na maioria das situações as
coisas correm bem, é sempre preferível uma boa separação a uma má família, mas
a convivência de um grupo de pessoas que não se separa e já não é uma família
pode conter alguns riscos de insegurança e instabilidade para os mais novos.
Como sempre, há que estar atento.
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