domingo, 24 de agosto de 2014

MAS A GENTE VIVE DE QUÊ?

Há 400 mil pessoas sem emprego e sem subsídios

"Número de idosos com Complemento Solidário voltou a baixar"

"Abono de família chegou a mais de 1,1 milhões de crianças em julho"

"Rendimento Social de Inserção chega a menos 45.349 pessoas"

“Em Portugal 15 a 20% das pessoas saltam refeições por não terem dinheiro”

Segundo dados do Instituto de Segurança Social relativos a Julho, 47.2% dos desempregados inscritos nos Centro de Emprego não acedem ao subsídio de desemprego. A esta situação acresce a das mais de cem mil pessoas que já desistiram de procurar emprego e que também não têm subsídio.
Por comparação a Julho de 2013, o número de pessoas beneficiárias do Complemento Solidário para Idosos, atribuído a pessoas com mais de 65 anos no valor de 409.08 €,  baixou 23.4%.
Também no mesmo período o número de crianças com abono de família baixou 3,28 %.
Consideradas as pessoas em idade activa, os velhos e as crianças, falta referir os que estão do lado de fora, os descamisados, o Rendimento Social de Inserção também no mesmo espaço de tempo foi atribuído a menos 17.3%.
Dado que não se tem verificado qualquer subida significativa nos rendimentos familiares, antes pelo contrário, o abaixamento tão evidente do número global de pessoas a beneficiar de apoios sociais não decorre de melhoria das condições de vida das famílias mas obviamente dos cortes no universo dos apoios sociais.
Este cenário impressionante, que pode agravar-se com a sempre anunciada reforma do Estado, isto é, cortes nas suas funções sociais, coloca uma terrível e angustiante questão. Os milhares, muitos, de pessoas envolvidas vão (sobre)viver de quê?
Recordo-me a insustentável leveza da afirmação do líder parlamentar do PSD. Luís Montenegro, "A vida das pessoas não está melhor, mas a vida do país está muito melhor".
Até à solução final.

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