Há 400 mil pessoas sem emprego e sem subsídios
"Número de idosos com Complemento Solidário voltou a baixar"
"Abono de família chegou a mais de 1,1 milhões de crianças em julho"
"Rendimento Social de Inserção chega a menos 45.349 pessoas"
“Em Portugal 15 a 20% das pessoas saltam refeições por não terem dinheiro”
Segundo dados do Instituto de
Segurança Social relativos a Julho, 47.2% dos desempregados inscritos nos
Centro de Emprego não acedem ao subsídio de desemprego. A esta situação acresce
a das mais de cem mil pessoas que já desistiram de procurar emprego e que
também não têm subsídio.
Por comparação a Julho de 2013, o
número de pessoas beneficiárias do Complemento Solidário para Idosos, atribuído
a pessoas com mais de 65 anos no valor de 409.08 €, baixou 23.4%.
Também no mesmo período o número
de crianças com abono de família baixou 3,28 %.
Consideradas as pessoas em idade
activa, os velhos e as crianças, falta referir os que estão do lado de fora, os
descamisados, o Rendimento Social de Inserção também no mesmo espaço de tempo
foi atribuído a menos 17.3%.
Dado que não se tem verificado
qualquer subida significativa nos rendimentos familiares, antes pelo
contrário, o abaixamento tão evidente do número global de pessoas a beneficiar de
apoios sociais não decorre de melhoria das condições de vida das famílias mas
obviamente dos cortes no universo dos apoios sociais.
Este cenário impressionante, que
pode agravar-se com a sempre anunciada reforma do Estado, isto é, cortes nas
suas funções sociais, coloca uma terrível e angustiante questão. Os milhares,
muitos, de pessoas envolvidas vão (sobre)viver de quê?
Recordo-me a insustentável leveza
da afirmação do líder parlamentar do PSD. Luís Montenegro, "A vida das
pessoas não está melhor, mas a vida do país
está muito melhor".
Até à solução final.
Sem comentários:
Enviar um comentário