Hoje conhecemos mais um episódio
da, como agora se diz, narrativa que podemos designar como MEC à deriva.
De uma forma pouco sustentada, do
meu ponto de vista e como várias vezes tenho afirmado, o MEC estabelece o exame
de acesso à carreira docente para todos os professores que não tenham vínculo à
função pública o que cria a incompreensível situação de milhares de professores
com muitos anos de prática avaliada positivamente terem de se submeter a essa
prova de aptidão que, obviamente, não avalia de forma alguma as aptidões de um
professor, tal objectivo consegue-se com prática acompanhada e não com uma
prova de conhecimentos.
No entanto, numa decisão bizarra,
o MEC vem dizer que em termos transitórios os professores que tenham mais de 5
anos de serviço, mesmo que chumbem no exame, repito, mesmo que chumbem no exame,
podem candidatar-se aos concursos que se realizem.
Como disse? Então o MEC cria um
exame porque entende, mal é verdade, que só assim garante a qualidade dos
docentes que quer contratar, mas aceita que professores chumbados nesse tal
exame possam candidatar-se a professores tendo uma Nova Oportunidade
para realizar o exame no ano a seguir.
Para além do que já escrevi sobre
a criação deste exame de acesso à carreira docente, a situação agora definida
pelo MEC é algo de insustentável com base na sua própria lógica.
Um MEC à deriva.
Sem comentários:
Enviar um comentário