sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O ENSINO DO INGLÊS NO 1º CICLO NO PORTUGAL DOS PEQUENINOS

Depois da trapalhada inicial com a retirada do ensino do Inglês das facultativas Actividades de Enriquecimento Curricular e a sua colocação na oferta formativa complementar que cada escola decide promover, bem como do alarido criado com esta estranha decisão, o Ministro Nuno Crato entendeu por bem "pedir ajuda" ao Conselho Nacional de Educação relativamente a esta questão, o ensino do Inglês no 1º ciclo pois, afirmou, "Temos de introduzir o Inglês no curriculo do ensino básico". Ao que parece, será o CNE, respondendo ao "repto" do Ministro que pensará como introduzir o Inglês no currículo do Básico logo desde o primeiro ano.
Certamente por responsabilidade minha  como disse na altura, não consigo perceber como será o CNE, dentro da suas competências, a pensar como lidar com esta questão independentemente dos contributos que possa providenciar.
Parece-me claro, erro meu provavelmente, que as duas possibilidades em aberto, reforma curricular tornando o Inglês parte da matriz curricular obrigatória ou integrar desde já obrigatoriamente o Inglês na Oferta Complementar, dotando as escolas dos recursos docentes necessários para qualquer dos cenários são, evidentemente, da responsabilidade do MEC.
Esta posição do MEC, do meu ponto de vista, é desresponsabilizante e pretende criar poeira numa matéria que me parece bastante transparente.
Nada de novo na normalidade em que tudo na educação decorre.
Hoje a imprensa noticia um dado que também é interessante. A maioria PSD e CDS-PP rejeitou uma proposta do PS no sentido de tornar o Ensino do Inglês obrigatório no 1º ciclo.
Mais uma vez, os interesses da partidocracia sobrepuseram-se ao interesse comum. Creio que ninguém discute nos tempos actuais a importância da introdução precoce de uma língua estrangeira que, gostemos ou não, será, evidentemente, o Inglês.
Não percebo, pois, como é que a rapaziada da maioria rejeita algo que, vindo seja de que partido for, é genericamente entendido como necessário para a formação dos mais novos.
A política do Portugal dos Pequeninos nas mãos de gente pequena e sem espinha tem destes episódios que, de tão banais, já não nos indignam.
Fica o registo.

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