A entrevista de José Sócrates ao Expresso e reacções como as de Eduardo Catroga são um excelente exemplo, mais um, de como alguns discursos políticos podem ser parte do problema e não parte da solução.
Na verdade, os discursos e comportamentos de uma franja significativa das lideranças políticas qe têm ocupado o poder, ocupam o poder ou querem ocupar o poder, cheios de "inconsistências factuais", irrevogáveis e prejudiciais decisões relativamente ao que deveria ser a defesa do bem comum, de "inverdades", manipulação e distorção de dados e resultados das suas práticas, impunidade relativamente às consequências gravosas dessas decisões, promessas elaboradas e logo negadas ou esquecidas, etc., etc., tornaram a saúde ética e política da nossa democracia muito frágil e minaram até ao limite a credibilidade e confiança em muita gesta gente que nos governou, governa ou quer governar.
Acresce a este cenário um despudorado tráfego de vai e vem, envolvendo muita gente, de diversos quadrantes, entre o poder, as empresas púbicas e e sector privado numa promiscuidade obscena e que nos custa cara e de que, aliás, Eduardo Catroga é um bom exemplo.
Importa não esquecer a simpatia com que os poderes, os diversos poderes, encaram as famílias que que controlam e influenciam os grandes interesses económicos, tudo sempre tratado nas Lojas certas, com os companheiros certos, as famílias são para isso mesmo, para se protegerem.
Porque é que esta gente insiste em mostrar virtudes que reconhecidamente não tem quando transformou o poder, os poderes, num lugar mal frequentado?
1 comentário:
O senhor Catroga esqueceu-se de também sentar no banco dos réus o senhor Cavaco Silva, Presidente da República de alguns (já poucos) portugueses e que foi o esbanjador-mor dos milhões de euros que entraram em Portugal vindos da UE.
Os homens de má índole têm estas faltas de memória selectiva.
VIVA!
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