O Geniozinho Carlos Moedas um
empregado dos mercados que faz parte da equipa de feitores que nos governa em
nome da Troika afirmou hoje que “O ponto
em que estamos hoje é de grande esperança para o país”. Acrescentou, “o que diferencia Portugal tem sido esta
capacidade de cumprir e, logo, de poder contar com o apoio dos parceiros em
tudo aquilo que podem dar”.
Esclarece ainda que Portugal está
a preparar um "seguro" que proteja a sua entrada nos mercados.
Antes de umas notas breves queria
recordar que o Geniozinho Moedas afirmou em Maio que as pessoas “só acabam com
os maus hábitos quando enfrentam choques”, para exemplificar o que tem estado a
ser realizado na economia portuguesa o que na altura me pareceu um insulto.
Diz então o iluminado Moedas que
Portugal tem cumprido e conta, portanto, pode contar com o "apoio"
dos parceiros em tudo aquilo que podem dar.
Talvez fosse de afirmar que Portugal
"cumpre" mas não se cumpre. Três milhões de pessoas em risco de
pobreza, mais de um milhão de desempregados, mais de metade dos quais sem
subsídios a que acresce um desemprego jovem que rouba o futuro e obriga a
partir, cortes brutais nos rendimentos das famílias em nome de um salvífico
empobrecimento decorrentes de uma colossal carga fiscal que esmagou a classe
média e as empresas que registaram muitos milhares de falências, cortes
pesadíssimos na educação e nos apoios sociais que roubam dignidade e direitos,
etc. Sim Geniozinho Moedas, nós cumprimos mas não nos insulte com a referência
à esperança, fale com as pessoas na rua
e pergunte-lhes onde guardam a esperança, mas um conselho, cuide da sua
segurança.
Diz ainda que podemos contar com
o apoio dos parceiros em tudo aquilo que podem dar. Dar? Alguém nos deu alguma
coisa? Impuseram um negócio com juros "interessantes", por assim dizer,
lucrativo para os mercados que sustentam o Geniozinho Moedas e nos quais terá o
seu lugar de recuo, como agora se chama quando acabar a missão de nos salvar,
empobrecendo-nos.
Uma nota final para o
"seguro" referido pelo Geniozinho Moedas. É evidente, faz parte da
sua função de empregado dos mercados, criar as condições para que estes não
corram riscos com o dinheiro que investem nos negócios que nos impõem. Assim,
cria-se um "seguro" que gaanta que os sagrados mercados que não se
podem zangar, enervar e muito menos perder dinheiro, possam receber os seus
dividendos. Como disse, o Geniozinho Moedas, nós cumprimos, pobres, muito
pobres, mas honestos, justamente o contrário dos mercados e dos seus
empregados, ricos, muito ricos, mas desonestos.
Há discursos com os quais não podemos deixar de
nos sentir ofendidos e indignados, chocados, por assim dizer.
2 comentários:
Enfim,um farol de inteligência como alguém notou na campanha eleitoral quando afirmou, num debate na TV, que a chegada do PSD ao Governo ia acalmar os mercados e baixar as taxas de juro as taxas de juro da divida soberana... Contudo, pelos votos obtidos, com tanta promessa eleitoral, muitos houve que tiveram inteligência igual!
Mas conseguiu "reformar" o Estado e veja-se o estado em que estamos.
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