O JN publica hoje um estudo muito interessante sobre o valor das pensões dos reformados com base nos dados da Segurança Social. Os dados disponibilizados mostram, por um lado, o volume do problema dos baixos valores médios e, por outro lado, a assimetria na sua distribuição.
Segundo os critérios mais utilizados existem em Portugal cerca de 1,8 milhões de pobres, ou seja, com rendimento inferior a 360 €, o limiar de pobreza, e, curiosamente, o mesmo número de pensionistas. Vejamos alguns dos dados. O valor médio das pensões é de 385 € e só Lisboa e Setúbal apresentam valores médios acima do salário mínimo nacional, 450 €. A assimetria é fortemente evidenciada pelo facto de a pensão média mais a baixa, a de Bragança, ser de 272 € e a mais alta, a de Lisboa, ser de 504 €. Só quatro concelhos, Lisboa, Setúbal, Porto e Aveiro apresentam valores médios das pensões acima do limiar de pobreza.
Estes dados são, deveriam ser, um dos eixos centrais de qualquer conjunto de políticas que verdadeiramente se orientem para o desenvolvimento e bem-estar das pessoas. O país vive e vai viver até Outubro num clima de campanha eleitoral e, de uma forma geral, os verdadeiros problemas das pessoas, os retratados no trabalho do JN por exemplo, andarão, provavelmente, ausentes das preocupações e presentes na retórica que nos submerge. Um país com este retrato não pode, obviamente, ser um país desenvolvido. A par do desemprego, embora desejemos acreditar que o desemprego é mais conjuntural enquanto a pobreza e baixo valor das pensões parece estrutural, este universo é a urgência das urgências.
Segundo os critérios mais utilizados existem em Portugal cerca de 1,8 milhões de pobres, ou seja, com rendimento inferior a 360 €, o limiar de pobreza, e, curiosamente, o mesmo número de pensionistas. Vejamos alguns dos dados. O valor médio das pensões é de 385 € e só Lisboa e Setúbal apresentam valores médios acima do salário mínimo nacional, 450 €. A assimetria é fortemente evidenciada pelo facto de a pensão média mais a baixa, a de Bragança, ser de 272 € e a mais alta, a de Lisboa, ser de 504 €. Só quatro concelhos, Lisboa, Setúbal, Porto e Aveiro apresentam valores médios das pensões acima do limiar de pobreza.
Estes dados são, deveriam ser, um dos eixos centrais de qualquer conjunto de políticas que verdadeiramente se orientem para o desenvolvimento e bem-estar das pessoas. O país vive e vai viver até Outubro num clima de campanha eleitoral e, de uma forma geral, os verdadeiros problemas das pessoas, os retratados no trabalho do JN por exemplo, andarão, provavelmente, ausentes das preocupações e presentes na retórica que nos submerge. Um país com este retrato não pode, obviamente, ser um país desenvolvido. A par do desemprego, embora desejemos acreditar que o desemprego é mais conjuntural enquanto a pobreza e baixo valor das pensões parece estrutural, este universo é a urgência das urgências.
1 comentário:
Até me custa pensar nestes tristes números, se virmos a quantidade de ladrões que por aí andam à solta, à custa dos pobres e dos que pagam impostos, mesmo reformados, para que os delinquentes dos BCPs, dos BPPs, dos BPNs, dos FREEPORTs, dos PORTUCALEs, etc se passeiem por aí impunes, de FALCONs privados...
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