terça-feira, 9 de junho de 2009

POLÍTICA PARTIDÁRIA A MAIS, EDUCAÇÃO A MENOS

De forma muito frequente tenho expressado neste espaço a minha profunda discordância com variadíssimos aspectos da PEC – Política Educativa em Curso. Destaco pelo seu impacto, alguns aspectos do Estatuto da Carreira Docente, designadamente, a insustentável divisão dos professores em titulares e outros, o modelo de avaliação que de avaliação já não é nada e de modelo tem pouco, alguns dos aspectos do Estatuto do Aluno, o DL 3/2008 condenando muitos alunos à falta de apoios de que precisam, a pressão estatística de certificação travestida de qualificação, etc. Parece pois clara a necessidade de inflexão de políticas.
No entanto, a ideia da Fenprof de associar o resultado das eleições de domingo à mudança de políticas parece-me mais um mau exercício de política partidária. Desde os primeiros Governos Constitucionais que a pasta da Educação tem sido da responsabilidade do PSD ou do PS. Veja-se o estado a que o sistema educativo chegou nas mãos do centrão. Achar que a subida do PSD e a expectativa de uma eventual vitória nas legislativas alterem substantivamente as políticas educativas, ou é ingenuidade ou política partidária. Continuo a assumir o atrevimento de pensar que a Plataforma Sindical prestaria um melhor serviço aos professores e à educação, se insistisse na demonstração perante a comunidade de como algumas das medidas de política educativa são más para os alunos, são más para os professores e, naturalmente, para as famílias.

2 comentários:

Joaquim Ferreira disse...

SOCIALISTAS ANDAM CEGOS... NOGUEIRA “vê, com expectativa, a possibilidade de poderem ser alterados alguns dos aspectos mais negativos”. Que tristeza. Apenas espera ver ALGUNS? QUEREMOS BANIDOS OS ASPECTOS INADMISSÍVEIS DO ESTATUTO. E NEM MESMO COM O RECUO DOS SOCIALISTAS INCOMPETENTES VOLTAREI A O lugar do PS é na oposição. Votemos para que conquiste o seu lugar de direito... se o PS estivesse na oposição, nunca eu seria condenado na carreira pelo ABSENTISMO, ABANDONO E FALTA DE ESTUDO dos filhos dos portugueses. Nem que o PSD tentasse fazer semelhante aberração (o que não creio!) NUCA O PS permitiria que TAL INJUSTIÇA fosse feita pelos outros. O discurso do PS e as promessas eleitorais não passam de letra morta. Prometem uma coisa e fazem outra. E nem vou perder letras do comentário para enumerar nenhuma delas. Vejam o PROGRAMA ELEITORAL SOCIALISTA para verificarem que o PS é exactamente como o Frei Tomás: Prega bem mas não faz"! Enganou o povo. Pesquise no GOOGLE (ou outro) a frase seguinte que coloco entre aspas. Leia e comente... VAMOS CRIAR UMA VERDADEIRA DEMOCRACIA. "VOTO EM BRANCO NUMA DEMOCRACIA AVANÇADA". E... Surpreenda-se! VOTA em quem quiseres. PS NUNCA MAIS...!

António Correia Nunes disse...

Para uns Mel; Para outros Fel:
Será que o ME irá voltar atrás e compensar o pessoal não docente das Escolas que foi prejudicado pela suas medidas iníquas em matéria de mobilidade, progressão na carreira, avaliação do desempenho e de transferência para as Autarquias? A ameaça de avaliação do desempenho do pessoal docente nada mudou: Os alunos continuam a chumbar e a abandonar! A nova gestão dos Centros de Formação continua a deixar A Ciência, seja ela da Educação ou não, nas Universidades; A Formação só existe para os créditos e não para resolver necessidades de melhoria das aprendizagens dos alunos. Os directores da Escola não resolveram ainda o problemas dos cursos profissionais que abrem sem atender às saídas profissionais e às necessidades do mercado de emprego! Os alunos continuam a comer bolos, a fumar haxixe, a viajar na net e a socializar na Escola. Valores? Educação Sexual? Sim. também há excelentes professores, que obtêm excelentes resultados e a Biblioteca Escoalr funciona muito melhor.
Todavia, a igualdade de tratamento dos funcionários públicos, sem discriminação entre aqueles que trabalham nas Escolas ou nos Serviços Centrais do ME, pressupunha que a abertura de concurso de promoção da carreira concedida em 2008 ao pessoal da Secretaria-Geral do ME, devia ser generalizada ao pessoal não docente das Escolas. Não é admíssível que hajam psicólogos com mais de 25 anos de AP ainda como Técnicos Superiores de 1ª classe quando já deveriam ter direito a concorrer a Assessores. Se o ME abriu concurso para os Técnicos Superiores da Secretaria Geral do ME, porque motivo não abriu concurso idêntico para os Técnicos Superiores das Escolas? Para uns fel para outros mel?! Não será que contribuimos todos para os mesmos objectivos? As aprendizagens dos alunos!