Na partidocracia instalada estamos habituados a que as lideranças partidárias pautem os seus discursos e práticas políticas pelos “interesses partidários de ocasião”, embora sempre mascarados pelos supremos interesses das comunidades, ou seja, do país. Esta discussão em torno das datas para as eleições é só um exemplo, mais um, da gestão dos interesses partidários, avaliando-se, sobretudo, que efeitos para a contabilidade eleitoral de cada um dos partidos poderá ter a realização separada ou conjunta das legislativas e autárquicas. Pode entender-se os partidos assumem projectos de poder a que se chega, felizmente, através do voto, mas seria mais saudável se os discursos fossem sérios e mais transparentes.
Como é evidente, a realização conjunta das eleições não “põe em causa” a democracia, como diz a Dra. Manuela Ferreira Leite. O que põe em causa a democracia é o facto das lideranças partidárias terem promovido modelos de organização política e práticas de funcionamento que inibem a participação cívica dos cidadãos fora dos aparelhos e lógicas partidárias, ou seja, como já tenho referido, o facto de os partidos que deveriam ser eixos fundamentais da democracia se terem transformado em donos da democracia.
Como é evidente, a realização conjunta das eleições não “põe em causa” a democracia, como diz a Dra. Manuela Ferreira Leite. O que põe em causa a democracia é o facto das lideranças partidárias terem promovido modelos de organização política e práticas de funcionamento que inibem a participação cívica dos cidadãos fora dos aparelhos e lógicas partidárias, ou seja, como já tenho referido, o facto de os partidos que deveriam ser eixos fundamentais da democracia se terem transformado em donos da democracia.
1 comentário:
Os portugueses deixaram de acreditar na honestidade dos partidos, principalmente em tempo de eleições...
Abraço de lusibero
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