Em matéria de protecção e segurança infantil Portugal ainda tem um caminho grande a percorrer, sendo um dos países com mais acidente com crianças, os acidentes rodoviários são os mais frequentes. A imprensa de hoje chama a atenção para os milhares de crianças que nas próximas semanas serão amontoadas em autocarros e despejadas nas praias no âmbito dos programas de férias e de ocupação de tempos livres. A Associação para a Promoção da Segurança Infantil exprime a sua preocupação com a segurança no transporte de muitas delas, provavelmente a maioria. É também referido que a enorme pressão dos pais sobre as instituições leva a que seja descurada a segurança pois estas não possuem veículos adequados em número suficiente. Finalmente e no que respeita à fiscalização é contada uma história fantástica. Num autocarro em que a GNR procedia à fiscalização, um senhor agente perguntou à miudagem o que era necessário para ir em segurança para a praia, a resposta em uníssono e naquele tom típico dos gaiatos foi “protector solar”. Notável.
Esta resposta ingénua evidencia o quanto de pequeno começa uma espécie de enviesamento de prioridades tão presente nos nosso tempos. Não temos muitos recursos mas usamo-los no acessório e não no essencial. Mais do que ser importa parecer, o embrulho é mais importante que o conteúdo. Para se ser é preciso ter e, claro, se não tens não és. Carpem diem.
Daqui a anos, alguns destes meninos ainda vão aprender que se forem ao solário podem mostrar aquele invejável bronze que põe os outros a invejar a estadia, imaginam, numa praia de sonho, em que, obviamente, passamos “montes” de dias.
Esta resposta ingénua evidencia o quanto de pequeno começa uma espécie de enviesamento de prioridades tão presente nos nosso tempos. Não temos muitos recursos mas usamo-los no acessório e não no essencial. Mais do que ser importa parecer, o embrulho é mais importante que o conteúdo. Para se ser é preciso ter e, claro, se não tens não és. Carpem diem.
Daqui a anos, alguns destes meninos ainda vão aprender que se forem ao solário podem mostrar aquele invejável bronze que põe os outros a invejar a estadia, imaginam, numa praia de sonho, em que, obviamente, passamos “montes” de dias.
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