Uma das coisas que mais gosto no meu Alentejo é a diferença na relação com o tempo, quando comparada com a urgência dos outros dias. O tempo, para a maioria de nós, é um bem escasso, aliás, como outros bens. No meu Alentejo o tempo não parece tão escasso. Hoje um jantar com amigos no meu Alentejo mostrou isso mesmo, o tempo deu para tudo. Misturou-se as viagens com os ovos em tomatada com sabor de funcho, misturou-se as lérias com um belo tinto. Falou-se da África, das suas pessoas, das suas misérias e das suas muitas grandezas. Entre um queijinho e a meloa deu para conversar sobre a vida da gente e da gente com vida. E deu, sobretudo, para apreciar a magia dos putos felizes, no caso a Leonor, nove meses de gente e uma boa disposição muito, mas muito maior que ela.
Eu acho que é de ter tempo e de ter gente com tempo à volta dela. É assim o meu Alentejo.
Eu acho que é de ter tempo e de ter gente com tempo à volta dela. É assim o meu Alentejo.
Sem comentários:
Enviar um comentário