A semana passada as águas agitaram-se com o Manifesto dos Iluminados, os 28 economistas que, como faróis que se assumem, vieram iluminar o que entendem ser o caminho a seguir em matéria de economia. A vigésima nona iluminada do grupo, a Dra. Ferreira Leite, numa tirada à Pacheco Pereira, veio afirmar que “é o que ando dizer há muito tempo”, claro, génios é assim. E toda a gente ficou impressionada. Nestas ocasiões lembro-me da famosa expressão de Clemenceau, “a guerra é algo importante demais para ficar na mão dos generais”. Pois é, a economia é importante demais para ficar na mão dos economistas, veja-se a crise económica e financeira que atravessamos ligada a políticas que os iluminados sempre subscreveram, a égide do deus mercado. Merece, pois, registo a tomada de posição de um grupo de pessoas também muitas ligadas à economia, mas também às ciências sociais, que, estando sobretudo no meio académico, estão menos permeáveis ao poder político, aos outros poderes e à protecção do Santo Mercado. Sublinham a prioridade à questão do desemprego, explicando e justificando esta opção.
Finalmente, parece-me ainda de sublinhar que, contrariamente ao que se quer fazer crer, a ideologia e valores, não se esbatem ou, pior, não se substituem por saberes e instrumentos supostamente neutros, inquestionáveis e definitivos.
Não, não é tudo a mesma coisa e o Mercado não pode determinar a nossa vida.
Finalmente, parece-me ainda de sublinhar que, contrariamente ao que se quer fazer crer, a ideologia e valores, não se esbatem ou, pior, não se substituem por saberes e instrumentos supostamente neutros, inquestionáveis e definitivos.
Não, não é tudo a mesma coisa e o Mercado não pode determinar a nossa vida.
2 comentários:
Enquanto signatário, e sobretudo como cidadão, só lhe posso agradecer.
Carlos Santos
Caro Carlos,
Não tem que agradecer, é uma questão, como disse no meu post, de valores. A propósito de valores deve ter reparado no editorial do tudólogo ultra-liberal José Manuel Fernandes no Público de hoje.
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