A banca nos últimos anos tem sido
um pântano de corrupção e negócios manhosos envolvendo a restrita “família” que
deste contexto beneficia tendo como certo que quando a coisa corre mal somos
nós que “ajudamos” os bancos e não o patético mas “esperto” Berardo.
É em cenários desta natureza que também se
gera e alimenta o mal-estar que se vai sentindo por diferentes paragens.
O quadro internacional é
assustador, os movimentos populistas, extremistas e xenófobos ganham espaço e
capitalizam apoios com a criação de “responsáveis” dessa inquietação e mal-estar. Já
conhecemos esta narrativa e os seus efeitos trágicos. A mediocridade das
lideranças, a manipulação e desinformação através das redes sociais e da mais
despudorada e criminosa campanha de produção de “realidade” a que muita gente
adere é mais um poderoso ingrediente.
Julgo que o caminho terá
necessariamente de passar pelo recentrar do desenvolvimento no bem-estar das
pessoas que liderará o funcionamento das economias e dos mercados abertos. Não
podemos aceitar o aumento da concentração da riqueza e das disparidades em
escala global ou nacional, a insustentabilidade do ambiente, a exclusão e a
pobreza alimentados com os mercados a liderar.
As lideranças económicas, os interesses dos mercados, os modelos
políticos de desenvolvimento que se orientam para resultados e mercados e não
para pessoas, promovem riqueza sem que a sua distribuição tenha efeitos sérios
na desigualdade social. Aliás, é claro que a distribuição da riqueza criada
quer em países mais ricos, quer em países mais pobres, mostra justamente que a
esmagadora maioria da riqueza criada continua concentrada nas mãos de uma
pequena minoria.
Urge um regresso à política no
sentido mais robusto e ético do termo, a promoção do bem- estar das pessoas.
Não podemos falhar, o custo será
demasiado elevado.
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