Uma das actividades a que no
âmbito da aprendizagem da escrita e da leitura nos primeiros anos de
escolaridade os professores recorrem é providenciar aos alunos frases ou
pequenos textos com espaços em branco que deverão ser preenchidos com as palavras
adequadas, retiradas de uma lista fornecida pelo professor ou, mais difícil,
escolhidas pelos alunos.
É um exercício engraçado que após
o domínio aparente das competências de leitura e escrita tende a deixar de ser
realizado.
Do meu ponto de vista é lamentável
que assim aconteça.
À medida que crescemos assume
progressiva importância a escolha das palavras adequadas. Em muitas
circunstâncias da nossa vida e por razões bem diferentes na sua natureza,
experimentamos sérias dificuldades na utilização das palavras ajustadas. Umas
vezes, faltam-nos e sem a lista à mão ficamos aflitos para encontrar a boa
palavra. Outras vezes, sobram-nos e nem sabemos muito bem o que fazer com elas,
onde as colocar e quais.
Na verdade, já todos passámos por
muitas situações em que não ouvimos ou dissemos as palavras adequadas. Pode tornar-se
um embaraço maior ou menor ser maior ou menor e acontece com frequência.
É por isso que julgo ser
importante continuar durante a vida a aprender a escolher as palavras certas
para o que queremos dizer.
Os dias que correm mostram que
demasiadas vezes os mais novos e também os mais velhos escolhem as palavras
menos adequadas.
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