Uma das questões que tem marcado
o processo relativo à consideração do tempo de serviço dos docentes é a
diversidade de números relativos ao encargo da contagem do tempo do tempo
total. Não é estranho, as contas na educação nunca dão certas.
Não sou versado nestas matérias
mas creio que talvez seja do algoritmo usado, como agora se fala. O povo
costuma dizer, “cada algoritmo, sua sentença” e o povo é sábio.
Serve esta introdução para uma
nota breve sobre um custo de todo este processo que ainda não vi considerado
em nenhum dos algoritmos usados para … fazer contas.
Talvez seja da minha formação mas
acho que não tem sido considerado o fortíssimo impacto que muito
provavelmente o resultado a que se chegou tem na motivação, no ânimo da
generalidade dos professores afectados pela medida.
O sentimento de injustiça, o
sentimento de falta de reconhecimento e de valorização, a forma como têm sido
tratados por muitos opinadores arrogantes e ignorantes com agendas que também
obedecem a um algoritmo, uma permanente e desgastante tentativa de diabolização
da sua posição, são base suficiente para potenciar mais mal-estar numa classe
envelhecida, cansada.
Os custos deste mal-estar não são
quantificáveis e os potenciais efeitos negativos são óbvios.
Felizmente, e aqui sou optimista,
o sentido ético e a competência da grande maioria dos docentes fazem com que continuem
a cumprir o seu trabalho diário com resultados genericamente reconhecidos nos
estudos comparativos internacionais e a ver o seu trabalho reconhecido e
valorizado pela maior parte dos alunos e pais.
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