sábado, 11 de maio de 2019

AINDA AS CONTAS DOS 9A4M2D


Uma das questões que tem marcado o processo relativo à consideração do tempo de serviço dos docentes é a diversidade de números relativos ao encargo da contagem do tempo do tempo total. Não é estranho, as contas na educação nunca dão certas.
Não sou versado nestas matérias mas creio que talvez seja do algoritmo usado, como agora se fala. O povo costuma dizer, “cada algoritmo, sua sentença” e o povo é sábio.
Serve esta introdução para uma nota breve sobre um custo de todo este processo que ainda não vi considerado em nenhum dos algoritmos usados para … fazer contas.
Talvez seja da minha formação mas acho que não tem sido considerado o fortíssimo impacto que muito provavelmente o resultado a que se chegou tem na motivação, no ânimo da generalidade dos professores afectados pela medida.
O sentimento de injustiça, o sentimento de falta de reconhecimento e de valorização, a forma como têm sido tratados por muitos opinadores arrogantes e ignorantes com agendas que também obedecem a um algoritmo, uma permanente e desgastante tentativa de diabolização da sua posição, são base suficiente para potenciar mais mal-estar numa classe envelhecida, cansada.
Os custos deste mal-estar não são quantificáveis e os potenciais efeitos negativos são óbvios.
Felizmente, e aqui sou optimista, o sentido ético e a competência da grande maioria dos docentes fazem com que continuem a cumprir o seu trabalho diário com resultados genericamente reconhecidos nos estudos comparativos internacionais e a ver o seu trabalho reconhecido e valorizado pela maior parte dos alunos e pais.

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