Lê-se no Expresso que dados do
INE considerando 2017mostram que a formação superior continua a ser significativamente
compensadora em termos de estatuto salarial. A remuneração média mensal de base
era €943 brutos. Por níveis de formação, um licenciado ganhava em média de
€1547,17 brutos mensais, 64% acima da média nacional. O mestrado permite um
salário 62% acima da média nacional e um doutorado tem uma remuneração 145%
superior.
Repetindo-me.
É verdade que não podemos
esquecer o nível ainda significativo de desemprego entre os jovens, em
particular entre os jovens com qualificação superior, obrigando tantos a partir
à procura de um futuro que por cá não vislumbram mas esta questão decorre do
baixo nível de desenvolvimento do nosso mercado de trabalho, de circunstâncias
conjunturais e de erradas políticas de emprego e não da sua qualificação.
Neste cenário e como sempre
afirmo, o discurso muitas vezes produzido no sentido de que "não adianta
estudar" não colhe e não tem sustentação sendo “suicida” numa sociedade
pouco qualificada como a nossa que, efectivamente e contrariamente à tão
afirmada quanto errada ideia de que somos um país de doutores, continua, em
termos europeus, com uma das mais baixas taxas de qualificação superior em
todas as faixas etárias incluindo as mais jovens.
Conseguir níveis de qualificação
compensa sempre e é imprescindível. Estudar e conseguir qualificação de nível
superior compensa ainda mais. Temos pela frente o combate ao insucesso e ao
abandono precoces, em que temos conseguido progressos de registar e temos o
enorme desafio de promover a qualificação ao longo da vida para muitas pessoas
que estão no mercado de trabalho sem qualificação.
Não podemos perder tempo, é o futuro
com mais desenvolvimento e bem-estar que está em jogo.
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