terça-feira, 1 de janeiro de 2019

E SE O ANO NOVO FOSSE MESMO ... NOVO?


Estamos no Ano Novo.
Acabaram os dias em que todas as falas e todos os escritos finalizavam num incontornável Bom Ano Novo. Muitos de nós fizemos mesmo questão de nos prepararmos a sério para recebermos o Ano Novo, de acordo com as posses de cada um, evidentemente. Desejo que as entradas tenham sido felizes.
O Ano que agora começou também virá de acordo com as posses de cada um.
É sempre assim. E se não fosse?
E se por uma vez, só por uma vez, o Ano Novo fosse mesmo Novo. Por exemplo:
Ser Novo no respeito efectivo pelos direitos básicos das pessoas e no combate sério e empenhado às desigualdades e à exclusão e pobreza.
Ser Novo na gestão da coisa pública com transparência, justiça e ao serviço das pessoas.
Ser Novo na definição de políticas dirigidas às pessoas e não ao sabor dos endeusados mercados e da agenda da partidocracia.
Ser Novo na assumpção definitiva que o caminho do nosso futuro passa pela sustentabilidade e pela dignidade.
Ser Novo no recentrar das grandes questões da educação na qualidade dos processos educativos, na tranquilidade, na valorização e no sucesso do trabalho de alunos e professores.
Ser Novo na construção de uma escola onde coubessem todos os alunos sem que o cumprimento de direitos e a qualidade da resposta pública a todos os que estão na idade de a frequentar pudesse, sequer, ser motivo de discussão.
Ser Novo no combate ao desperdício e à iniquidade de mordomias insustentáveis.
Ser Novo nos discursos e padrões éticos das lideranças políticas, económicas e sociais.
Ser mesmo Novo, estão a ver?
Que o Ano Novo vos (nos) seja leve.
Tão leve e tão novo quanto possível.
No final de 2017 coloquei umas notas parecidas com estas … não resultou. O Ano Novo que estava para chegar não foi tão novo assim. O mundo tornou-se um lugar ainda mais mal frequentado.
Será este?

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