Era uma vez um rapaz chamado
Desajeitado, um nome um bocado estranho. Toda a gente o chamava assim.
Na escola, os professores
achavam-no mesmo um Desajeitado. Quase nunca realizava as tarefas do modo que
lhe era pedido. Quase nunca dava as respostas que eram solicitadas, arranjava
sempre umas conversas assim um pouco ao lado, como se costuma dizer. A maioria
dos seus colegas também achava que o Desajeitado não era muito habilidoso
considerando-o um desastrado nas brincadeiras pelo que não era uma companhia
muito apreciada. A sua estrada, desde que entrara para a escola, tinha sido
sempre percorrida desta forma.
Em casa a situação não era, nem
nunca tinha sido, muito diferente. Os pais também achavam que o Desajeitado
poucas coisas, ou nenhumas, fazia bem-feitas. Estavam sempre a criticá-lo pela
forma pouco cuidada como fazia o que lhe era pedido. Os pais, para tentarem que
o Desajeitado fosse um pouco melhor, comparavam-no muitas vezes à sua irmã
Desejada que era um modelo, tudo fazia bem feito, era perfeita, nunca errava.
Estranhamente, tal discurso não fazia o Desajeitado sentir-se melhor e
funcionar de uma forma que agradasse mais às pessoas.
Na verdade, Desajeitado foi o nome
que lhe começaram a chamar desde pequeno, o seu nome verdadeiro era Enjeitado.
Como sabem os Enjeitados não têm
jeito para quase nada, apenas para se sentir mal o que produz muita falta de
jeito, ficam Desajeitados.
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