O apoio à preparação de atletas
olímpicos é de geometria variável, ou seja, se forem atletas olímpicos têm
acesso a um apoio social significativamente superior aos atletas olímpicos que
são cidadãos com deficiência, chamam-lhes atletas paralímpicos. Na votação do OGE para 2018 a Assembleia da República chumbou com votos contra do PS e a abstenção do PSD um processo
faseado de equiparação.
Ao que parece a razão é o brutal
impacto financeiro da medida, 700 000 euros e a argumentação do “centrão”
é patética, para ser simpático.
Também por estas razões insisto
numa das minhas utopias, um dia teremos apenas Jogos Olímpicos em que todos as
provas, de todos os desportistas, se realizem no mesmo espaço de tempo e nos
mesmos espaços físicos de acordo, evidentemente, com as exigências específicas.
Não é impossível em termos de
organização e assim como não consigo aceitar que uma piscina pública seja
frequentada por um grupo de pessoas com deficiência em “horário próprio” com
"pistas reservadas", também acho que as pessoas, todas as pessoas,
podem competir num mesmo evento nas respectivas provas.
Lembro-me sempre da afirmação de
Biesta, a história da inclusão é a história da democracia e, do meu ponto de
vista, também passa por aqui.
Só depende de nós.
Sim, eu sei, é um sonho olímpico.
Será, mas não é seguramente paralímpico.
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