Em primeiro lugar a referência a
uma lutadora, Manuela Ralha, que é uma inspiração e um exemplo num universo
onde apesar do que já foi feito, muito ainda está por fazer, o cumprimento dos
direitos das pessoas com deficiência.
Uma segunda referência para um
trabalho no JN sobre a ausência de conhecimento sobre os reais problemas de
acessibilidade a espaços públicos por parte de pessoas com mobilidade reduzida,
como a Manuela Ralha, por exemplo.
Recordo que terminou em 8 de
Fevereiro deste ano o prazo de 10 anos para que fosse cumprida a legislação que
tornasse os espaços, equipamentos e vias públicas acessíveis a cidadãos com
deficiência.
Conforme têm afirmadoo
Observatório para a Deficiência e Direitos Humanos e a Confederação Nacional
dos Organismos de Deficientes são múltiplas e significativas as dificuldades
enfrentadas diariamente por pessoas com mobilidade reduzida e de deslocação no
acesso a vias, espaços e equipamentos públicos. É certo que muito foi feito mas
muito mais está por cumprir.
São regularmente organizadas
iniciativas que que procuram alertar a comunidade as entidades responsáveis
para esse conjunto de dificuldades mas o impacto é baixo e lento. Os problemas
das minorias são, evidentemente, problemas minoritários.
A questão afecta muitos cidadãos
e envolve áreas como vias, transportes, espaços edifícios, mobiliário urbano e,
sublinhe-se, a atitude e comportamento de muitos de nós.
Boa parte dos nossos espaços
urbanos não são amigáveis para os cidadãos com necessidades especiais mesmo em
áreas com requalificação recente. Estando atentos identificam-se inúmeros
obstáculos.
Na verdade, apesar do muito que já caminhámos, as crianças, jovens e adultos com necessidades especiais, bem como as suas famílias e técnicos sabem, sentem, que a sua vida é uma árdua e espinhosa prova de obstáculos muitos deles dificilmente ultrapassáveis.
Lamentavelmente, boa parte dessas dificuldades decorre do que as comunidades e as suas lideranças, políticas por exemplo, entendem ser a geometria variável dos direitos, do bem comum e do bem-estar das pessoas, de todas as pessoas.
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