sábado, 18 de novembro de 2017

QUE SE SEPAREM OS PAIS MAS NÃO SE SEPAREM OS FILHOS

Na Visão encontra-se uma interessante entrevista com Sofia Marinho sobre a importância da promoção da residência alternada, a crianças viver com pai e mãe alternadamente após processos de separação conjugal.
Os inquéritos junto das famílias e os estudos mostram que em princípio é mais vantajoso para a criança viver em casa do pai e em casa da mãe por períodos alternados do que a situação mais habitual nos casos de regulação parental, a entrega da criança à mãe e visitas ao pai. A própria cultura dos Tribunais de Família alimenta decisões desta natureza subvalorizando por preconceito e representação a capacidade cuidadora e educadora dos pais entendo-o sobretudo como “financiador” e parceiro para brincadeiras. Este modelo gera potenciais assimetrias e afastamento entre as crianças e os pais assimetria
É evidente que ao defender o princípio da residência alternada estamos a falar num princípio geral que deverá ser considerado caso a caso.
Importa ainda sublinhar que as crianças gerem muito bem a dimensão logística da residência alternada. Na verdade, desde muito novas as crianças lidam tranquilamente com progenitores separados que as amem e delas cuidem e com quem convivam alternadamente.
É sempre preferível uma boa separação a uma má família e compete aos adultos o esforço, por vezes pesado, de construir uma boa separação. Aliás, só assim poderão voltar a constituir uma boa família.
Importante mesmo é que também todos os que de nós lidamos com crianças e com os seus problemas possamos ajudar os pais neste entendimento, poupando sofrimento a adultos e crianças e mesmo decisões de guarda parental pouco amigáveis para o superior interesse da criança.

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