Na Visão encontra-se uma
interessante entrevista com Sofia Marinho sobre a importância da promoção da
residência alternada, a crianças viver com pai e mãe alternadamente após
processos de separação conjugal.
Os inquéritos junto das famílias
e os estudos mostram que em princípio é mais vantajoso para a criança viver em
casa do pai e em casa da mãe por períodos alternados do que a situação mais habitual
nos casos de regulação parental, a entrega da criança à mãe e visitas ao pai. A
própria cultura dos Tribunais de Família alimenta decisões desta natureza
subvalorizando por preconceito e representação a capacidade cuidadora e educadora
dos pais entendo-o sobretudo como “financiador” e parceiro para brincadeiras. Este
modelo gera potenciais assimetrias e afastamento entre as crianças e os pais assimetria
É evidente que ao defender o
princípio da residência alternada estamos a falar num princípio geral que
deverá ser considerado caso a caso.
Importa ainda sublinhar que as
crianças gerem muito bem a dimensão logística da residência alternada. Na
verdade, desde muito novas as crianças lidam tranquilamente com progenitores
separados que as amem e delas cuidem e com quem convivam alternadamente.
É sempre preferível uma boa
separação a uma má família e compete aos adultos o esforço, por vezes pesado,
de construir uma boa separação. Aliás, só assim poderão voltar a constituir uma
boa família.
Importante mesmo é que também todos
os que de nós lidamos com crianças e com os seus problemas possamos ajudar os
pais neste entendimento, poupando sofrimento a adultos e crianças e mesmo
decisões de guarda parental pouco amigáveis para o superior interesse da
criança.
Sem comentários:
Enviar um comentário