Quando se olha e atenta nos
tempos que vão correndo parece que o mundo anda do avesso. Reparamos nos
comportamentos das pessoas, nos seus discursos e atitudes e quando achamos que
estão a passar das marcas, seja no que for, alguém avalia, “parecem miúdos” ou
“piores do que os miúdos”, etc. No fundo, parece que os adultos quando se
portam mal agem como miúdos, quando se portam bem, bom, nesse caso serão
adultos.
Por outro lado e curiosamente,
quando olhamos para os miúdos e reparamos nos seus comportamentos menos
positivos achamo-los tremendamente parecidos com os adultos. Aliás, de vez em
quando ouvem-se vozes a defender que quando os miúdos fazem as asneiras
semelhantes às dos adultos devem ser tratados como adultos, por exemplo,
prendendo-os.
De facto, o mundo parece um
bocado esquisito e do avesso. Os miúdos quando se portam mal parecem adultos e
os adultos quando se portam mal parecem miúdos.
Será isto que se entende por
trocas entre gerações? E que tal os graúdos deixarem de fazer concorrência aos
miúdos na forma como agem, para que também estes não sintam a tentação de
parecer adultos a fazer asneiras?
No meio destas inquietações ainda
tenho uma dúvida acrescida. Porque será que me lembrei disto hoje?
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