Imagino que a Terra comece a
ficar cansada da irresponsabilidade delinquente desta gente que a povoa,
sobretudo dos que lideram. Depois de tanta asneira insistem nos maus-tratos e
não se entendem sobre a forma de mudar de rumo.
Dão-lhe cabo das entranhas,
alteram-lhe o clima, mudam paisagens, esgotam-na, deixam-na estéril e sem
sustento. Estamos em Novembro e a terra está seca e as nuvens que trazem água
andam longe. Aqui no Alentejo o dia está feio de tão bonito.
A Terra não está a aguentar. E nós também não.
A Terra não está a aguentar. E nós também não.
A minha avó Leonor, mulher de
sabedoria, costumava dizer que não era bom a gente meter-se com a Terra, com a
natureza, e maltratá-la. A natureza vai ser sempre maior que a gente e não
aceita que mandem nela.
Quando acorda zanga-se e quando
se zanga os efeitos são devastadores. Apesar destes avisos não parece que a
levem a sério.
Esta gente não aprende mesmo, já
não espero que o fizessem em nome deles, os seus interesses imediatos não
deixam. Mas podiam fazê-lo em nome dos filhos, dos filhos dos filhos, dos
filhos dos filhos dos filhos, …
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