terça-feira, 20 de junho de 2017

EXAMES FÁCEIS, EXAMES DIFÍCEIS? EXAMES ADEQUADOS? EXAMES DESADEQUADOS? DEIXEM LÁ VER

Em matéria de educação por estes dias é difícil fugir ao tema exames, apesar da reversão parcial estamos em plena época alta.
Como sempre, uma das grandes questões em apreço será a maior ou menor dificuldade dos exames.
Como é reconhecido, o presidente do Conselho Científico do Instituto de Avaliação Educativa admitiu-o em tempos numa entrevista, os exames têm sido uma arma privilegiada na gestão política do sistema educativo. Daí a necessidade de que a avaliação externa fosse da responsabilidade de uma estrutura verdadeiramente independente do poder político.
Neste contexto, através da "modulação", por assim dizer, da sua dificuldade, poder-se-á influenciar os resultados no sentido esperado e mais favorável a interesses de circunstância. Este entendimento minimiza o impacto das análises comparativas. Veja-se, por exemplo, a discussão recorrente e raramente consensual sobre o grau de dificuldade e adequação dos exames. Esta discrepância acontece, sem estranheza, até na apreciação do mesmo exame como repetidamente tem acontecido com os exames de Matemática registando-se diferentes opiniões entre a Associação dos Professores de Matemática e a Sociedade Portuguesa de Matemática.
Na época de exames deste ano lectivo temos ainda um dado que não é despiciendo, as próximas eleições pelo que ...
Em tal cenário não é irrelevante que resultados escolares mais positivos venham mostrar que “alunos e professores corresponderam com o seu trabalho” o que contribui para ratificar a “bondade das políticas educativas”.
Estes discursos aparecerão, evidentemente, sempre embrulhados em referências a rigor e a exigência.
Como diz o Velho Marrafa lá do Alentejo, “Deixe lá ver”, vamos ver como se segue a época de exames.
Em princípio, nada de novo, tudo de velho.

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