O processo em discussão na AR
relativo aos vários projectos de mudança nas condições de financiamento e apoios públicos aos partidos é elucidativo de alguns problemas de saúde que
afectam a nossa democracia.
Recordo uma entrevista recente do
DN em que Marina Costa Lobo revela um estudo comparativo com 17 países europeus
mais Israel e Austrália segundo o qual e com base no PIB Portugal está no topo
do rendimento anual dos partidos políticos.
É ainda relevante saber que que
Portugal está entre os cinco países em que partidos recebem mais financiamento
público.
Neste cenário percebem-se as
hesitações, omissões e os discursos altamente populistas e demagógicos que que
pretendem contrariar o populismo e demagogia que afirmam estar presentes quando
se questiona a justificação e bondade da manutenção do volume de apoios e benesses
de que beneficiam. Mas não colhe.
Sou dos que entendem que a
democracia tem custos e que dinheiros públicos poderão e deverão ser empregues, com
controlo, transparência e equidade como é óbvio, no apoio às actividades dos
partidos justamente como forma de … promover a democracia.
Por outro lado, também entendo
que os apoios financeiros privados para a actividade política devem ser
fortemente regulados e escrutinados porque como se sabe … não há almoços
grátis.
Já não entendo que numa conjuntura
como a que atravessamos possamos assistir aos argumentos utilizados pelos
diferentes partidos para discutir ou não discutir esse financiamento e apoios.
São opções que, evidentemente,
desqualificam a saúde ética da nossa democracia e, naturalmente os responsáveis
pela decisão.
A questão é que nesta matéria,
ética, também não se verifica reposição dos cortes verificadas.
1 comentário:
A relação QUALIDADE-PREÇO não me seduz.Fica muito aquém do aceitável...
VIVA!
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