Não acredito que exista um cidadão português que possa ficar completamente satisfeito como OGE qualquer que fosse o seu conteúdo. É também minha opinião que os burocratas de Bruxelas, feitores de interesses outros, (não é verdade Dr. Barroso ou Dr. Juncker?) não permitem que, apesar dos compromissos que foram assumidos e devem ser cumpridos, a soberania dos países seja respeitada, muitos menos com pequenos países e, pecado dos pecados, com governos à esquerda, seja lá isso o que for. Os OGEs de países como Portugal reflectem, naturalmente, a maior ou menor subserviência ou resistência dos Governos a esse diktat.
Neste cenário, apesar da complexidade da proposta que torna difícil abarcar todos os domínios, do que li no documento e li na comunicação social, prefiro os princípios que informam este OGE aos princípios que informaram os OGEs de anos anteriores.
Aliás, acho até curioso, para não dizer despudorado, que gente como Maria Luís Albuquerque, Assunção Cristas, Passos Coelho e outros co-autores do "colossal aumento de impostos", (lembram-se?) que criou a maior e mais assimétrica carga fiscal jamais sentida pelos portugueses fale das opções do OGE para 2017 em matéria de impostos.
Acho até curioso, para não dizer despudorado, quando gente como Vítor Bento ou Vital Moreira se indignam com um irresponsável aumento baixíssimo das pensões e auferem largos milhares de euros de rendimento mensal. Uma ofensa a muitos milhares de portugueses.
Já acho normal que os falcões do Observador e outros "opinion makers" continuem a anunciar a desgraça, agora com o OGE de 2017. Antecipam, eu diria desejam, que tudo corra mal desde que se iniciou esta solução governativa. Não estranho a sua agenda é outra e é clara.
Lá mais para diante, quando for discutido e aprovado, falaremos sobre algumas matérias mais sectoriais, a educação por exemplo.
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