Achei interessante a entrevista
de Álvaro Bilbao no Observador onde falou de afecto, birras, regras e limites
no âmbito da educação familiar.
Como tantas vezes tenho dito, as crianças
não têm elogios ou mimos a mais, têm nãos de menos, os adultos sendo quase
sempre capazes de dar os mimos e os elogios, muitas vezes mostram-se incapazes
de dar os nãos, de estabelecer os limites e as regras que, como sempre digo,
são tão necessárias às crianças como respirar e alimentar-se. São bens de
primeira necessidade.
Esta dificuldade dos adultos em
oferecer os nãos aos miúdos, decorre muitas vezes de alguma desconforto
culpabilizante sentido com as circunstâncias e estilos de vida que inibem o
tempo e a disponibilidade que desejariam ter para os filhos.
Ficando sem nãos, muitas
crianças, a coberto do afecto ou dos elogios dos pais, transformam-se em
pequenos ditadores que infernizam a vida de toda a gente, a começar por si
próprios.
Mas não têm mimos, afecto,
elogios a mais. Têm, repito, nãos a menos.
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