sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A TEMPESTADE

O Rapaz entrou na água e contrariamente ao costume não lhe custou. Estava um dia quente e a água não estava tão fria como era habitual naquela praia. Deu os primeiros mergulhos e piruetas e ficou a boiar com os olhos incomodados com o sol que brilhava lá em cima. Sabia mesmo bem entrar naquele mar e como ele gostava do mar.
Quase sem se dar conta, entre umas braçadas e uns mergulhos foi-se afastando da praia. De repente, o Rapaz sentiu qualquer coisa de estranho, ficou escuro, muito escuro. A água daquele mar começou a ficar fria e ele achou que era altura de sair. No entanto, no meio da escuridão não percebia para que lado deveria nadar. Ficou inquieto e ainda mais assustado se sentiu quando começou a ser sacudido por uma ondulação bem mais forte. Agora o Rapaz estava mesmo com muito medo, procurava manter-se ao cimo das ondas cada vez maiores, sentia cada vez mais frio e cada vez menos força e nem sequer vislumbrava por onde tentar sair.
Quando estava em desespero e a atingir o limite, o Rapaz fechou os olhos com força e, perplexo, quando os abriu viu a sua Mãe debruçada sobre si com o sorriso sereno que sempre usava perguntando, “Estás assustado Rapaz, era um sonho mau?”
Não Mãe, estava só à tua procura”. E o Rapaz voltou-se para o outro lado e adormeceu tranquilamente.

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